ESCOLA
MUNICIPAL PROFESSORA CARLOTA DE ANDRADE MARQUEZ
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
UBERLÂNDIA - MG
2015
SUMÁRIO
1.
IDENTIFICAÇÃO
2. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE
2.1. Histórico
2.2. Caracterizações físicas da
instituição de ensino
2.3. Acessibilidade
3. MARCO REFERENCIAL
3.1. Marco situacional
3.2. Marco filosófico
3.3. Marco operativo
3.3.1.
Gestão de resultados educacionais:
3.3.1.1. Projeto Político Pedagógico
3.3.1.2. Da Estrutura de Ensino
3.3.1.3. Da Matrícula
3.3.1.4. Dos Programas e Projetos
3.3.1.5. Frequência
3.3.1.6. Da Classificação e
Reclassificação
3.3.1.7. Da Recuperação
3.3.1.8. Do Regime de Progressão
Parcial / Estudos Suplementares
3.3.1.9. Transparência de Resultados
de Avaliações Internas e Externas
3.3.1.10. Projeto de intervenção
Pedagógica
3.3.2.
Gestão pedagogica
3.3.2.1. O currículo
3.3.2.2. Da proposta curricular da Escola
Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez
3.3.3.
Gestão de pessoas
3.3.4.
Gestao de recursos e administrativo da escola
3.3.5.
Gestão democrática
4. CRONOGRAMA DE AÇÕES
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:3
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome
da escola: Escola Municipal Professora Carlota de
Andrade Marquez
Endereço
Rua dos Sininhos, nº 205
Bairro Jardim Célia
Uberlândia/MG
CEP: 38413-653
Contato
Telefone:
(34) 3219-2883
E-mail:
emefcarlota@yahoo.com.br
Tipificação
Ensino Fundamental de 09 (nove) anos (1º
ao 9º ano) e Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Entidades
Mantenedoras
Prefeitura Municipal de Uberlândia
Secretaria Municipal de Educação
Atos
de criação:
• Denominação da instituição de ensino: Lei nº 11.175 de 01 de agosto
de 2012, publicada no Diário Oficial do Município nº 3965 - Ano XXIV - datado
de 03 de agosto de 2012.
• Estrutura pedagógica e técnico-administrativa: Lei nº 11.272 de 17
de dezembro de 2012, publicada no Diário Oficial do Município nº 4054-B - Ano
XXIV - Edição Especial - datado de 17 de dezembro de 2012.
• Autorização de Funcionamento: Parecer CEE/MG nº 1086/12 de 29 de
dezembro de 2012 e Portaria SEE/MG nº 101/13 de dezessete de janeiro de 2013.
2. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE
2.1. HISTÓRICO
A
Escola Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez, integrante da rede
municipal de ensino de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, foi construída em um
terreno da prefeitura no bairro Jardim Célia situada geograficamente no setor
oeste da cidade. A unidade recebeu seu nome em homenagem à Professora Carlota
de Andrade Marquez que, depois de sair de sua cidade natal (Goiatuba/SP), foi
pioneira na educação de qualidade na cidade de Uberlândia.
Mostra
irrefutável do reconhecimento do seu trabalho veio através da outorga do título
de Cidadã Uberlandense, através da Câmara Municipal, no dia 11 de dezembro de
1978 e em agosto de 1980, foi lhe concedida a mais alta condecoração da cidade
‘Comenda Augusto César’.
A
instituição de ensino foi construída para atender, principalmente, os bairros
Jardim Célia, Panorama e Jardim Manaaim, bem como outros bairros
circunvizinhos.
2.2. CARACTERIZAÇÕES FÍSICAS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
A
unidade tem capacidade para atender um total de 690 alunos nos períodos
matutino e vespertino, tendo em sua estrutura:
·
10 salas de aula;
·
1 biblioteca;
·
1 laboratório de informática;
·
1 quadra coberta com dois vestiários;
·
5 banheiros, sendo dois para uso dos
alunos, três para professores e demais funcionários;
·
1 cozinha;
·
1 refeitório;
·
1 sala de professores;
·
1 sala de direção;
·
1 sala de coordenação pedagógica;
·
1 sala de xerox;
·
1 sala do Programa de Intervenção
Pedagógica;
·
1 depósito de materiais Educação Física;
·
1 depósito de alimentos;
·
1 deposito de limpeza;
·
1 quiosque;
·
1 secretaria;
·
1 sala para Atendimento Educacional
Especializado;
·
1 pátio coberto;
·
1 pátio para estacionamento;
·
Área verde.
2.3. ACESSIBILIDADE
As
dependências da Escola são totalmente acessíveis para locomoção em todos os
espaços físicos citados anteriormente.
3. MARCO REFERENCIAL
3.1. Marco Situacional
Mesmo
diante das importantes descobertas e dos progressos científicos, a humanidade
convive com o desencantamento e com a desesperança, porque apesar de todo esse
progresso, não houve resultado sobre as questões sociais, uma vez que o
preconceito e as disparidades sociais têm contribuído para o declínio do
cenário humanístico, cultural, político e econômico.
Diante
desse recorte da realidade atual, em todo mundo discute-se cada vez mais o
papel essencial que a educação desempenha no desenvolvimento das pessoas e da
sociedade, posto que os direitos humanos podem mudar essa realidade, e a
educação é o principal viés para essa transformação, por meio da dignidade da
pessoa humana.
O
ser humano é um ser coletivo desde a origem da espécie, e sobre este fato se
fundamenta sua evolução. Na história humana observamos que o bem estar individual
é condicionado a um coletivo, mesmo que restrito à família ou a pequenos grupos
de indivíduos.
Num
contexto de intensas transformações, a escola se desenvolveu como um dos
principais meios de divulgação e formação do pensamento humano, tornando-se a
ferramenta base para a sobrevivência dos indivíduos e das nações, sendo capaz
de transformar as condições da vida, adaptando-se e adaptando o meio às suas
necessidades.
Entretanto,
é preciso pensar na qualidade da Educação, mas de forma “que assegure o direito
à Educação em Direitos Humanos e esta, por sua vez, consolida seu sentido pleno
ao afirmar a dignidade da pessoa humana”, conforme assegura Ugarte (2003, p. 2)
e, para que esta ocorra, precisamos de referência teórica para dimensionar essa
qualificação e, através dela, garantirmos o direito à educação. Assim, há que
se realizar um movimento que nos permita ter uma ideia muito precisa do que
queremos da educação para o nosso país, Estado, município de Uberlândia e nossa
comunidade.
O
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos - PNEDH (BRASIL, 2007, p. 25)
conceitua a Educação em Direitos Humanos como “um processo sistemático e
multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos”, articulando as
seguintes dimensões:
a) Apreensão de conhecimentos
historicamente construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os
contextos internacional, nacional e local;
b) Afirmação de valores, atitudes e
práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os
espaços da sociedade;
c) Formação de uma consciência
cidadã capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e
político;
d) Desenvolvimento de processos metodológicos
participativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais
didáticos contextualizados;
e) Fortalecimento de práticas
individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da
proteção e da defesa dos direitos humanos, bem como da reparação das violações.
É
fato que a realidade educacional brasileira é bastante complexa, com inúmeros
desafios e problemas que se inter-relacionam com o panorama político, econômico
e social do país. Esse quadro tem sua origem em um processo que não é novo, e
que não pode ser dissociado de um contexto mais amplo: o histórico. Nesse sentido,
para compreendermos a questão educacional, é necessário observarmos como ela
foi e é constituída no Brasil. Para isso, faz-se necessário pontuar,
sucintamente, as influências que a Educação recebeu ao longo da sua trajetória
histórica.
No
contexto mundial, ressaltamos como principais questões a entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial (1941), o final desta em 1945 e a consequente divisão do
mundo em dois blocos - capitalista, liberado pelos Estados Unidos, e
socialista, liberado pela então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS). Diante desse quadro, no Brasil fica evidente a aproximação
norte-americana, caracterizada por significativos empréstimos financeiros,
cooperação técnica e importação de cultura, como músicas, filmes, produtos e valores,
que impactaram a sociedade brasileira e sua organização.
Numa
análise ampla, percebemos que o Brasil tem sido capaz de expandir o sistema
educacional através do tempo, aumentando as oportunidades educacionais em todos
os níveis, entretanto, tem encontrado grandes dificuldades, como em desenvolver
a competência, a ineficiência no uso de recursos públicos, e a ausência de
mecanismos efetivos para corrigir os problemas de iniquidade econômica e
social.
Com
relação ao panorama educacional, podemos inferir que tivemos mudanças consideráveis por volta do século
XIX e início do século XX, tanto no âmbito político - o país passou de colônia
(sede do Reino) a Império e deste a República - quanto nos aspectos econômico e
social, que implicaram numa distinta conformação da sociedade, novas relações
trabalhistas e uma crescente urbanização, relevantes para aquela época.
Já
no âmbito educacional, as mudanças políticas nem sempre levaram a novos rumos
para a escolarização. Fato este que só começou a acontecer a partir da
República (1889), com base em princípios que concorreram para a civilização,
moralidade, modernidade do país e de sua população e uma intensa discussão
intelectual sobre a educação, que, apesar de heterogênea, passou a considerar a
escola como instituição fundamental para a transformação da realidade.
Podemos
constatar que as reformas educacionais voltadas para o atendimento das atuais
necessidades da sociedade, se iniciaram no Brasil nos anos 80 com a
descentralização da educação básica e média, estabelecendo o regime de
colaboração de estados e municípios através da participação dos professores,
alunos e comunidade no processo educativo.
Nesta
década, estados e municípios tiveram iniciativas significativas em prol da
reforma educacional, algumas fracassadas, outras promissoras, que partiam de
ampla consulta e de mobilização dos professores na rede pública, que de alguma
forma buscavam reverter os problemas educacionais existentes, em grande parte
atribuídos ao período autoritário que se encerrava.
O
Estado de Minas Gerais, no período de 1982 - 1984, apresentou um projeto
ambicioso de reforma educacional que buscava, dentre outras coisas, fortalecer os colegiados nas escolas e revitalizar
os cursos de formação de professores (escolas normais). Mas, mesmo diante das
iniciativas, ainda nos deparamos com alguns problemas no uso dos recursos
disponíveis, de descontinuidade institucional administrativa e de falta de uma
agenda razoavelmente consensual de transformação.
Com a segunda etapa das reformas, no início
dos anos 90 e com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) nº 9394/96, se resgatam as preocupações pedagógicas num novo
contexto, dando às escolas uma autonomia mais concreta: financeira,
administrativa e pedagógica.
Em
consonância com o que a Lei preconiza, a Secretaria Municipal de Educação do
município de Uberlândia tem, dentre suas atribuições, formulado e coordenado a
Política Municipal de Educação e supervisionado sua execução nas instituições
que compõem sua área de competência, de forma a garantir igualdade de condições
para o acesso e permanência do aluno na escola. Estabelece ainda mecanismos que
garantam a qualidade do ensino público municipal por meio da valorização dos
profissionais da educação, garantindo-lhes planos de carreira específicos
dentro do serviço público municipal.
Esses
instrumentos legais trarão profundas mudanças, tanto em relação à gestão e à
organização, quanto à ação educativa, ao consagrar como princípios: a liberdade, a autonomia, a flexibilidade e a
democracia.
Mesmo
diante dessas prerrogativas, quando se aponta a Educação como o caminho para
transformar esta realidade, como forma de equilíbrio social, nos deparamos com
alguns problemas que de alguma forma interferem no alcance dos objetivos, tais
como evasão, repetência, indisciplina, agressividade e os aspectos intrínsecos
a estes.
Sabe-se
que a reprovação confirma a exclusão e promove o distanciamento do aluno como
pessoa do cidadão consciente de seus direitos, dificultando sua aceitação
pessoal, bem como sua inserção ao meio social, mas a contraponto vem a
aprovação sem critérios que leva a uma cidadania frágil, sem base sólida para
uma inserção no mundo competitivo.
Partindo
da realidade em que está inserida, a escola tem agora a oportunidade de
colocar-se como meio disponível a todos para a busca da realização coletiva,
tendo como ponto de partida a realização individual.
Nessa
perspectiva, a formação plena do cidadão, através da aquisição de
conhecimentos, valores e atitudes, é a postura buscada pela escola no projeto
pedagógico aqui apresentado.
Diante
dessa premissa, buscamos atender as necessidades específicas da comunidade do
Bairro Jardim Célia e demais bairros que se encontram no entorno da escola, que
juntos fazem parte de um mesmo contexto histórico, social e político atuais,
sendo a um só tempo fator de formação da visão de mundo e reflexo da mesma
realidade.
Frente
a esta especificidade, é tarefa da escola ouvir a palavra da comunidade escolar
para que todas as ações a serem executadas a curto, médio e longo prazo
concorram para uma educação de qualidade, democrática e emancipatória, que
considere, sobretudo, as diferenças e que responda aos interesses do coletivo.
Para
que esses interesses sejam plenamente atendidos, é necessário estabelecer
rupturas na organização do trabalho pedagógico e, consequentemente,
transformações educacionais, que devem partir da premissa da efetiva relação
entre escola e comunidade.
Nesse
enfoque, a participação da comunidade escolar se consolida num movimento
dinâmico de participação, concebida neste contexto como um mecanismo de
representação e participação política. Essa participação mobiliza professores, agentes
de serviço geral, setor administrativo e pedagógico, direção escolar, alunos,
pais e representantes vinculados a processos de socialização educativa na
escola, na família, no bairro, num exercício de diálogo entre as partes para a
construção de um plano coletivo e consensual de ação, explicitados no PPP -
Projeto Político Pedagógico desta instituição de ensino, com cada segmento,
contribuindo com igualdade de oportunidades.
A
participação não se constrói sem esforço coletivo, conforme afirma Paro (1998):
A
participação democrática não se dá espontaneamente, sendo antes um processo
histórico em construção coletiva, coloca-se a necessidade de se preverem
mecanismos institucionais que não apenas viabilizem, mas também incentivem
práticas participativas dentro da escola pública. Isso parece tanto mais
necessário quanto mais considerarmos nossa sociedade, com tradição de
autoritarismo, de poder altamente concentrado e de exclusão da divergência nas
discussões e decisões. (PARO, 1998, p. 46).
Ainda
segundo Paro (1998), para assegurar a participação democrática da comunidade, a
escola, por meio de seus membros, precisa ser o elemento proativo que encare a
participação como um caminho a ser solidificado, e não como algo natural, dado
espontaneamente na sociedade brasileira.
Para
tanto, a escola conta com instâncias colegiadas, como o Conselho Escolar, Conselho
de Classe, Grêmio Estudantil e a Associação de Pais e Mestres (APM),
reguardados efetivamente neste documento norteador; posto que compreendemos que
a Educação é muito mais que aprendizado de conhecimentos, e o processo de
aprendizagem na escola também leva em conta outras questões, como a vida
escolar do(a) aluno(a), a situação econômica, social e cultural, dentre outros.
O
Art. 14 da LDBEN (1996) procura encaminhar, ainda que de forma evasiva, os
princípios da gestão democrática:
Art.
14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em
conselhos escolares ou equivalentes.
Apesar
de ser evasiva, a LDBEN/1996 delimita que a participação da comunidade esteja
restrita aos conselhos escolares ou equivalentes, e que somente os
profissionais da educação têm sua participação garantida na elaboração do PPP
da escola. Em contrapartida, o inciso VI do Art. 12 desta Lei traz como
responsabilidade da escola “articular-se com as famílias e a comunidade,
criando processos de integração da sociedade com a escola”, o que nos leva a
inferir que fica a critério da escola, segundo a legislação do sistema a que
está incorporada, determinar as formas de participação da família e da
comunidade.
A comunidade do bairro Jardim Célia está
inserida no contexto histórico, social e político atual, sendo a um só tempo
fator de formação da visão de mundo e reflexo da mesma realidade. Nesse
contexto, percebe-se claramente a influência dos meios de comunicação na
formação dos valores humanos.
Na
maioria das situações o ser humano age conforme postura determinada por um
conjunto do qual nem sempre faz parte. A criatividade, a criticidade e o fazer
previsões se distanciam a cada dia, uma vez que não há resistência para os
padrões apresentados por aqueles que visam impressionar e obter lucro através
de pessoas com modos de vida que não são questionados.
Para
mudar esta realidade e enfrentar com maior segurança os desafios diários, a
atualidade demanda um padrão mais elevado para a escolaridade básica a ser
desenvolvido pelo conhecimento por meio dos quais os alunos possam assimilar
informações e utilizá-las em contexto adequado, interpretando códigos e
linguagens e servindo-se dos conhecimentos adquiridos para a tomada de decisões
autônomas e socialmente relevantes.
A individualidade sadia que se pretende
alcançar é aquela que possibilite ao indivíduo fazer as próprias escolhas
segundo critérios analisados e estabelecidos por si mesmo ou em conjunto com
seus pares. Que cada cidadão saiba respeitar o direito alheio para esperar o
mesmo, que viva e trabalhe como integrante de uma comunidade que lhe proteja e
por ele é definida e que se sinta à vontade para exercer sua cidadania em todos
os seus aspectos, assumindo a ética da identidade.
Para
chegar a este nível é necessário passar por uma educação de qualidade, que
ofereça os subsídios necessários, desenvolvendo, acima de tudo, a capacidade de
aprender e de continuar aprendendo sempre. As ações apresentadas neste
documento pretendem colocar o aluno no centro do processo educativo o que,
consequentemente, proporcionará ao aluno, enquanto pessoa de direito e cidadão,
o poder de colocar-se também em qualquer ponto estratégico da comunidade na
qual está inserida.
Para
Dewey (1980), o grande problema do sistema educacional de sua época, é que os
alunos saem da escola sem o adequado preparo para a vida. Fato este que
vivenciamos até hoje, posto que muitas narrativas mostram-se empobrecidas,
fragmentadas, destituídas de significação e ao reforçarmos práticas
fundamentadas na repetição e na memorização de fórmulas prontas, a escola
conduz os alunos a respostas automatizadas que pouco ou nada têm a ver com o
dia a dia destes, criando um mundo artificial onde tudo é dado pronto de
antemão. O autor afirma que a transformação do espaço da sala de aula é a única
forma de superar esse modelo.
Na
sala de aula, deparamo-nos com alunos concretos, realidades complexas,
situações inusitadas. Precisamos agir, tomar posição diante dos desafios, por
isso entendemos que a prática da docência deve fundamentar-se na
problematização do cotidiano.
Nessa
perspectiva, compreendemos que a sala de aula tem que se transformar em uma
comunidade de investigação científica, de diálogo intercultural, de forma a
apresentar situações-problema para que os alunos, por si mesmos, busquem
soluções. Partindo dessa premissa, a aprendizagem será significativa e estará
em sintonia com a vida dos educandos.
Desse modo, a aula será produzida nas relações
intersubjetivas vividas no contexto escolar, sendo parte de um processo
didático que abrange o planejamento nas dimensões coletiva e individual, global
e específica quanto aos saberes escolarizados. Assim, o conhecimento será
construído e transformado coletivamente.
Nesse
sentido, o processo de produção do conhecimento deve pautar-se, sobretudo, na
socialização e democratização do saber, posto que compreendemos que o
conhecimento escolar é dinâmico e não mera simplificação do saber científico e
o papel da escola deve ser o de promover uma convivência pela qual seja
possível a construção do conhecimento coletivo, tendo como meta geral a cidadania plena.
Nesse
contexto, o professor deve ser, efetivamente, um mediador do processo de
aprendizagem, posto que é a referência principal em sala de aula, pois organiza
as interações, articula o grupo e sistematiza o ensino, conduzindo os alunos a
níveis mais elevados de compreensão.
Com
base nesses princípios, o professor deverá planejar suas intervenções e
realizar as mediações pedagógicas pensando em todos os educandos, e não apenas
naqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem ou deficiência (sensorial,
física ou intelectual), TGD - Transtorno Global do Desenvolvimento ou AH/S -
Altas Habilidades/Superdotação. Como recomenda Arroyo (2004), os professores
não são bombeiros, são mediadores.
Alguns
alunos aprendam ou não aprendam é resultado de múltiplos fatores e mediações.
Tudo o que acontece na escola, na rede, na sala de aula, na biblioteca, no
recreio, no relacionamento entre professores, alunos e entre pares tudo é
mediador. Interpretações pontuais são formas ingênuas de simplificar processos
humanos, mentais, culturais e socializadores que todas as ciências demonstram
serem extremamente complexos (ARROYO, 2004).
Para
que isso ocorra, pretendemos transformar a nossa escola, numa escola interativa[1], onde a sala de aula
esteja integrada a outros ambientes de aprendizagem, para que relações
diversificadas e significativas com o conhecimento se estabeleça de forma
prazerosa. Biblioteca, laboratórios, quadra esportiva, práticas artísticas e
culturais vão estar disponíveis não só para a realização das atividades
programadas, mas também para que o aluno faça experimentos, pesquisas, busque
respostas para suas inquietações, exercite a organização estudantil em outros
horários sentindo prazer em permanecer na escola.
É
consenso que a aplicação das práticas apresentadas neste documento constitui a
política da igualdade que se traduz pela compreensão e respeito a todas as
raças, sexos, religiões, culturas, condições econômicas, aparências e condições
físicas, assim como, respeito aos diferentes estilos, tempos e ritmos de
aprendizagem, conforme preconiza a Educação em Direitos Humanos.
Assim,
o aluno, objeto precípuo das ações e intervenções, desenvolverá a criatividade,
o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, que são
imprescindíveis para facilitar a constituição de identidades capazes de
suportar a inquietação, conviver com o incerto frente as transformações
sociais.
Diante
do exposto, compete ao cidadão que se pretende para a sociedade atual a capacidade
de desenvolvimento contínuo de novos saberes que se produzem e propagam,
velozmente demandando um novo tipo de profissional, que seja um pesquisador em
potencial e que busque se capacitar por meio da formação inicial e continuada.
3.2. Marco Filosófico
A
sociedade moderna demanda uma educação de qualidade, justa e igualitária que
garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos,
críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas
necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. Para isso, a Constituição Federal de 1988
fixou que:
A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988, art. nº 205).
A
trajetória histórica da Educação nos mostra que desde o Brasil republicano até
a ditadura militar o povo brasileiro manteve-se afastado do processo político
nacional, cabendo ao Estado autoritário impor-se como único responsável pela
Nação e ao cidadão apenas o dever de obedecer.
A
educação foi então marcada pela repressão, tecnicismo pedagógico, privatização
do ensino, ficando esquecida a cidadania e fazendo com que gerações se
formassem sem ter desenvolvido a consciência de cidadania e participação nas
questões políticas e sociais.
Freire (2001) afirma que “o conceito de
cidadania vem junto com o conceito de participação, de ingerência nos destinos
históricos e sociais do contexto onde a gente se encontra”. Para fortalecer uma
democracia é necessário que se forme uma cultura participativa na população,
não se limitando apenas a comparecer às urnas, mas reivindicando melhorias de
condições de vida e controlando os seus governantes.
Considerando
o quadro de injustiça social e o descaso histórico do governo com os direitos
fundamentais do cidadão brasileiro, Peruzzo (1998) afirma que:
[...] estes são alguns indicativos da
importância da educação para a cidadania em sua contribuição para alterar o
campo da cultura política através da participação não só em nível nacional, mas
também em nível local, através de organizações populares, contribuindo assim
para a democratização e ampliação da conquista de direitos de cidadania (PERUZZO, 1998).
Diante
do exposto, Demo (2002) ressalta:
[...] para que a população compreenda
finalmente que a exclusão política e econômica da maioria é injusta e
historicamente produzida necessitamos de uma escola pública que lhe mostre isto
criticamente e instrumente-a adequadamente para uma luta histórica (DEMO, 2002).
Para
tanto, a escola deve socializar o patrimônio do conhecimento acumulado pela
humanidade, o saber sobre os meios de obter o conhecimento e as formas de
convivência social e educar para a cidadania, isto é, para a tomada de
consciência dos direitos e deveres do cidadão, assegurados por uma Educação em
Direitos Humanos - EDH.
Dewey
(1980) afirma que a “sociedade deve adotar um tipo de educação que proporcione
ao indivíduo um interesse nas relações e direções sociais”. Segundo este mesmo autor,
não se trata de ensinar preceitos rígidos acabando de cair na doutrinação, mas
sim, de fazer da escola um modelo de prática democrática” com a participação de
todo o colegiado “que leve os alunos a compreenderem, a partir de problemas
concretos, quais são seus direitos e deveres e que o exercício de sua liberdade
é limitado pelo exercício do direito e da liberdade dos outros”, formando
cidadãos que conheçam seus direitos fundamentais e suas obrigações.
As
ações apresentadas neste documento norteador (PPP) visam colaborar com o
desenvolvimento de uma sociedade democrática, posto que esta consiga
democratizar todas as suas instituições e práticas e para isso é preciso
democratizar a escola adotando práticas participativas que, segundo Danilo
Gandin “o que importa é o processo, o crescimento das pessoas, seu
desenvolvimento e compromisso” com o objetivo a ser alcançado.
É
notório que muito se fala em democracia na escola, mas pouco se tem feito para
que isso realmente aconteça. É preciso consolidar a cultura da participação
para desmistificar a ideia de que o responsável por tudo na escola, município,
estado ou país é quem o dirige. Essas pessoas passam, mas as instituições
permanecem.
No
que se refere à escola democrática, Souza defende que o poder na escola se assemelha
à concepção humanística, posto que este decorre “da capacidade humana de agir
em conjunto com outros, construindo uma vontade comum” (SOUZA, 2009, p.124),
com o objetivo precípuo de desenvolver a autonomia e conscientização dos
alunos.
Uma
educação para a cidadania deve contribuir para que o cidadão seja agente de
transformação e este deve ser o papel da escola. A tese de que as camadas
populares estão despreparadas para participar é subterfúgio para não abrir
espaço para a sua participação. A escola deve cumprir o papel de formar
sujeitos políticos e isso deve começar com efetiva participação de todos os
envolvidos no processo educativo, sendo a escola um local privilegiado para
isso acontecer.
Não
basta que o aluno venha para a escola. Além do acesso é necessária a sua
permanência, ampliação do atendimento e manutenção da qualidade. Qualidade essa
que não pode ser privilégio de minorias sociais e econômicas.
Para
que a permanência do aluno seja de qualidade, a escola deverá organizar
recursos humanos e materiais para atender aos alunos com necessidades
educacionais especiais, dificuldades de aprendizagem, distorção idade/ano
escolar, dentre outras.
O
aluno, ao entrar em contato com o conteúdo a ser trabalhado na sala de aula,
deve estabelecer a relação entre este e o seu conhecimento, ou seja, deve realizar
a leitura da realidade que o professor apresenta a partir do que ele já sabe,
mesmo que de uma forma fragmentada para que ele veja a relação entre o assunto
e sua prática social, fazendo uma contextualização, que é a sua visão sobre o
conteúdo até aquele momento.
O
professor, após a definição dos conteúdos em suas dimensões científica, social
e histórica, levanta as principais questões da prática social diretamente
relacionadas ao conteúdo, fazendo a problematização. Partindo desse princípio,
busca equalizar os problemas detectados e desenvolver ações
didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento
nessas três dimensões.
Em
cada área do conhecimento, cabe ao professor definir e utilizar as formas e os
instrumentos mais adequados para a apropriação construtiva dos conteúdos
trabalhados, onde o aluno terá uma visão sobre o conteúdo escolar presente na
sua vida social. Neste momento ele é solicitado a mostrar o quanto ele se
aproximou da solução dos problemas anteriormente levantados sobre o tema em
questão, isto é, a verdadeira apropriação do saber por parte do aluno.
Nessa
perspectiva, o ponto de chegada do processo pedagógico é o retorno à prática
social, conforme afirma Saviani: (1999, p. 82) “a prática social e final é a
mesma, embora não o seja. É a mesma enquanto se constitui suporte e o contexto,
o pressuposto e o alvo, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica”. E
não é a mesma, se considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se
alterou qualitativamente pela mediação da ação pedagógica, que possibilitou uma
nova postura do aluno frente à realidade estudada através da ação consciente do
educando na realidade em que vive.
Os
princípios norteadores serão os apontados pela estética da sensibilidade,
política da igualdade e ética da identidade que permitam ao aluno continuar
aprendendo ao longo da vida e ser um indivíduo com personalidade própria e ao
mesmo tempo coletiva, solidária, tolerante e que seja flexível frente às
mudanças.
A
principal alteração será o deslocamento da ênfase do ensino para a
aprendizagem, seguindo o estabelecido no Art. 3 da LDB 9394/96. O conteúdo,
portanto, não mais um fim em si mesmo, mas um meio para que o aluno adquira o
conhecimento.
O
tratamento dado aos conteúdos será firmado na contextualização e sendo que esta
implica em recorrer a contextos que tenham significado para o aluno, vinculando
os conhecimentos aos lugares onde foram criados e onde são aplicados, isto é, a
vida real.
Os
exercícios de aplicação de fórmulas e conceitos abstratos devem ser
substituídos por situações-problema sobre as quais a classe possa estabelecer
elos com o conhecimento científico e o socialmente adquirido fazendo
intercomunicação efetiva entre as disciplinas por meio do enriquecimento das
relações entre elas.
Como
o conhecimento do mundo não é fragmentado, mas integrado e inter-relacionado, o
professor deve derrubar as fronteiras da disciplina dando abertura ao contexto
em que o conteúdo é apresentado, utilizando-se de abordagens que vão além de
sua área específica. Para isso, é necessário principalmente que haja um
consenso entre os vários professores de uma mesma série, para estarem sempre em
atitude de colaboração uns com os outros e, em segundo lugar, é preciso que
cada professor se adapte investindo na própria capacitação e tornando-se
portador de uma cultura geral quase tão significativa quanto a específica.
A
escola existe em função de seus alunos e nossa proposta é a de garantir um padrão
de qualidade para todos os alunos e ao mesmo tempo, respeitar a diversidade
local, étnica, social e cultural e promover a inclusão social, conforme
preconiza o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos - PNEDH.
Cabe
aos educadores, garantir aos alunos acesso ao conhecimento. Diante disso, o
processo ensino aprendizagem será abordado a partir de uma escola em que os
alunos tenham acesso aos bens culturais, ao conhecimento produzido
historicamente e possa adquirir habilidades para transformar esses conteúdos no
contexto social.
Assim,
a prática pedagógica deve superar o autoritarismo, o conteudismo, a punição
através das avaliações, estabelecendo uma nova perspectiva para o processo de
aprendizagem marcado pela autonomia do educando e pela sua participação na
sociedade de forma democrática.
A
escola também utilizará os recursos disponíveis e promoverá as necessárias
articulações para compartilhar espaços e projetos comunitários. Portanto, a escola
não tem um fim em si mesma, e contará com
participação da comunidade escolar
na definição das políticas
educacionais, na vivência delas na prática cotidiana, nas reuniões de pais e
professores, nos conselhos de classe, dentre outros. Ela está a serviço da
comunidade. Esse imprescindível esforço coletivo implica na seleção de valores
a serem consolidados, como o processo ensino-aprendizagem, a qualificação para
o trabalho, o exercício pleno da cidadania.
Neste
contexto, a metodologia de projetos é a ferramenta indicada para trabalhar
garantindo a contextualização e a interdisciplinaridade, devendo ser encarada
como uma das melhores alternativas para a prática pedagógica.,de modo a
garantir:
·
O protagonismo do aluno durante todo o
processo;
·
A escolha de assuntos contextualizados;
·
O tratamento interdisciplinar implicando
no auxílio de diversos saberes, áreas ou disciplinas;
·
O processo de trabalho na equipe onde
todos têm lugar e papel e onde se aprende a conviver solidariamente;
·
O papel do professor como um mediador da
cultura e facilitador da aprendizagem;
·
A ênfase na avaliação como instrumento de
reconstrução e tomada de consciência do aprendido.
Nessa
perspectiva, todo o trabalho pedagógico visa a organização do processo
ensino-aprendizagem, fazendo com que a educação escolar tenha outro enfoque,
conforme afirma Forquin (1993),
A educação escolar não se limita a fazer
uma seleção entre os saberes e os materiais culturais disponíveis num dado
momento, ela deve também, para torná-los efetivamente transmissíveis,
assimiláveis às jovens gerações, entregar-se a um imenso trabalho de
reorganização, de reestruturação ou de “transposição didática” (FORQUIN, 1993,
p.16).
Assim
sendo, Libâneo (2004) afirma que a
[...]
sociedade de hoje necessita de uma escola que luta contra a exclusão econômica,
política, cultural e pedagógica, provendo a formação básica (como ler e
escrever), científica, estética e ética, além de desenvolvimento cognitivo e
operativo, tornando-se um espaço efetivo que sintetiza a cultura vivenciada no
dia a dia, a cultura formal e o conhecimento sistematizado, de forma a
considerar o aluno sujeito do seu próprio conhecimento (LIBÂNEO, 2004).
Em
consonância com o proposto, o conteúdo curricular deve ser selecionado e
definido conforme as necessidades dos alunos, sendo flexível o suficiente para
a aquisição das competências básicas e a metodologia ideal é aquela que leva
alunos e professores a interagirem com o conhecimento historicamente acumulado,
possibilitando novas descobertas e a consciência plena do papel do ser humano
no Universo.
“Não
existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas.
Para isso existem escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as
perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as
perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido” (Rubem Alves).
3.3 Marco Operativo
A
escola se caracteriza como um espaço de relações e produção do conhecimento
científico. A partir dessa proposição, em que percebemos a instituição escolar
numa constante dinâmica de construção, os agentes que nela se inserem (alunos,
docentes comunidade, diretor, pedagogo, funcionários, entre outros) são
elementos significativos para a definição da organização escolar, pois cada um
se interpõe nas ações coletivas a partir de suas vivencias individuais.
Porém,
outros fatores também vem contribuir para o encaminhamento das ações escolares
na qualidade de estratégias que regulamentam a organização Da escola como: definição
de políticas publicas;o projeto político pedagógico-que define a concepção de
educação,homem e sociedade,metodologia de trabalho, currículo, avaliação da
aprendizagem e institucional, formas de gestão (conselhos e grêmios) entre
outros que compõe o projeto educativo.
Sendo
assim, o Marco Operativo é a explicitação do ideal da instituição escolar,
tendo em vista aquilo que queremos ou devemos ser. Diz respeito a organização
das ações da coletividade escolar naqueles campos de atuação que compreendem as
dimensões que configuram a práxis educativa, quais sejam.
3.3.1. Gestão de resultados educacionais
3.3.1.1. Projeto Político Pedagógico
O
PPP é o documento dinâmico da escola: trata das diretrizes da instituição de
ensino, tanto objetiva quanto subjetivamente; não só explicita o contexto
educacional,como também evidencia a intensidade das relações que lá se
dão,consolidando, assim, o planejamento da organização escolar, de forma
coletiva e dinâmica.
Por
meio desse documento, toda a escola passa a desenvolver a autonomia, uma vez
que a própria instituição se autodefine, se compreende e se avalia, reforçando
sua identidade e compreendendo suas especificidades.
Assim
[...] a legitimidade de um projeto
político-pedagógico está devidamente ligada ao grau e ao tipo de participação
de todos os envolvidos com o processo educativo da escola, o que requer
continuidade de ações (VEIGA, 2003, p.14).
Quanto
mais envolvimento e participação da comunidade escolar, de pais, alunos,
professores, diretores, pedagogos e demais funcionários, na construção do
projeto da escola, maior eficácia ele terá, pois todos passam a ser
corresponsáveis por aquilo que definem e propõem, bem como agentes ativos de
sua implementação.
Partindo
deste principio o PPP da escola Professora Carlota de Andrade Marquez teve como
base no seu processo de construção um esforço coletivo e comprometimento de
todos os envolvidos (pais, comunidade escolar) em sua elaboração, para que o
mesmo não seja apenas mais um documento burocrático e sim um norteador de um
trabalho dinâmico que estará em permanente reelaboração para acompanhar as
mudanças dos paradigmas da educação e dos contextos globais e locais que fazem
parte do dia a dia do aluno.
3.3.1.2. Da Estrutura de Ensino
O
Ensino Fundamental será organizado em 09 (nove) anos, sendo que a Escola
Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez atenderá do 1º ao 9º Ano
estruturado de acordo com as normas vigentes.
Será
adotado o regime anual em atendimento às peculiaridades do estabelecimento,
observando a legislação em vigor.
O
ensino será ministrado através de aulas teóricas, aulas práticas, grupos de
estudos e demais atividades integradas ao currículo escolar.
3.3.1.3. Da Matrícula
A
escola deve efetivar a matrícula dos alunos a cada ano letivo sendo vedada a
discriminação em função de etnia, sexo, condição social, convicção política,
crença religiosa ou deficiência.
A
matrícula deve ser requerida pelo aluno, se maior de idade ou pelo seu
responsável legal, se menor.
No
período da matrícula a direção da escola deve informar ao aluno e aos pais ou
responsável os principais aspectos da organização e funcionamento da escola.
De
acordo com a legislação vigente e as vagas existentes, serão admitidos no 1º
ano do Ensino Fundamental os educandos com 06 (seis) anos de idade.
A
direção do estabelecimento deve planejar as iniciativas para atender a demanda
escolar, bem como incentivar a matrícula e a frequência dos alunos na faixa
etária correspondente ao nível de ensino ministrado.
Havendo
vaga, será assegurado o ingresso do aluno em qualquer época do ano letivo, independente
de escolaridade anterior.
A
matrícula não será aceita ou poderá ser cancelada em qualquer época do ano
letivo, por iniciativa da direção do estabelecimento ou responsável pelo aluno
quando: a) o candidato não comprovar as informações dadas na inscrição; b) obtida
por meios fraudulentos.
Ficará
assegurado aos filhos de pessoas portadoras de deficiência vaga nas
proximidades de sua residência.
Terá
sua matrícula cancelada o aluno do Ensino Fundamental que, sem justificativa,
deixar de comparecer à escola até o 20º (vigésimo) dia letivo consecutivo após
o início das aulas, ou a contar da data de efetivação da matrícula, se esta
ocorrer durante o ano letivo.
Considera-se
evadido o aluno do Ensino Fundamental que, sem justificativa, permanecer
faltoso por período igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) dos dias
letivos, computados consecutivamente ou não.
Antes
de efetuar o cancelamento da matrícula, a direção da escola deve: a) tomar as
providências cabíveis para levar o aluno e seus responsáveis ao cumprimento da
obrigatoriedade escolar; b) esgotados os recursos escolares, comunicar ao
Conselho Tutelar.
Não
haverá matrícula de aluno ouvinte, e/ou a matrícula condicional. Além disso, é
vedado à escola cobrar taxa ou exigir pagamentos a qualquer título. E uma vez
comprovado a situação do aluno sob o exame de autoridade competente, a
matrícula poderá ser aceita condicionalmente até o pronunciamento oficial.
A
matrícula realizar-se-á na secretaria da escola mediante os seguintes
documentos originais e cópias para anotação e arquivamento:
a) Certidão
de Registro Civil ou Casamento, ou Carteira de Identidade, quando for o caso;
b) Título
de eleitor acompanhado do comprovante de votação, quando for o caso;
c) Certificado
de alistamento militar, quando for o caso;
d) Declaração
de transferência (com validade de 30 dias)
e) Histórico
escolar (no ato da matrícula ou após 30 dias da entrega da transferência);
f) Cartão
de vacina atualizado;
g) Ficha
individual, quando o aluno for transferido durante o ano letivo;
h) Comprovante
de endereço atualizado em nome dos responsáveis;
i) Credencial
de deficiência, emitida por entidade representativa, legalmente reconhecida ou
laudo médico declarado por profissional especialista na área, para candidato
com deficiência;
j) 1
foto 3x4 (opcional);
k) Fotocópia
do cartão do programa de assistência ao aluno.
Terá
direito à dispensa da prática de Educação Física, o aluno que:
a)
cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 06 (seis) horas;
b)
maior de 30 (trinta) anos de idade;
c)
que estiver prestando serviço militar;
d)
amparado pelo decreto nº 1.044/69;
e)
que tenha prole.
O
aluno, quando maior de 18 (dezoito) anos ou o seu responsável se menor, no ato
da matrícula deverá declarar:
a)
sua raça/cor;
b)
se participará das atividades de Ensino Religioso oferecidas pela escola;
c)
se portador de Diabetes Melitus.
A
matrícula em Ensino Religioso é facultativa ao educando, devendo sua opção ser
declarada no ato da matrícula.
Aos alunos que não participarem das atividades de
Ensino Religioso será oferecido outras atividades no espaço escolar.
A permanência do aluno na escola no ano subsequente
deverá ser confirmada no final do ano letivo pelo aluno, se maior de idade ou
seu responsável legal, quando menor de idade, através da renovação da matrícula
a ser realizada entre os meses de outubro e novembro de cada ano.
3.3.1.4. Dos Programas e Projetos
A
palavra projeto, do latim projectu, significa lançar para frente uma ideia.
O projeto é a menor unidade do planejamento. É um empreendimento com fins
definidos nos objetivos e metas declarados em função de uma necessidade,
problema, interesse e outros dependendo da previsão individual, grupal ou
instituição organizacional. Todo projeto requer planejamento das ações que são
delineados nas etapas que se pretende realizar. Desenvolver atividades com base
em projeto é uma prática atual, que vem se tornando comum em todas as áreas do
conhecimento e setores organizacionais. E particularmente na área educacional,
o volume de ações embasadas em projetos é percebido em todos os níveis e setor
do sistema da educação seja pública ou privada.
“Todo
projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um
período de instabilidade na busca de qualidade” (GADOTTI, 1997, p. 200).
Segue
os projetos desenvolvidos na Escola Municipal Professora Carlota de Andrade
Marquez:
· Digitando
o Futuro: programa de inclusão digital no Laboratorio de informática;
· Projeto
de Intervenção Pedagógica (PIP): Apresenta-se como uma estratégia de apoio à
escola para assegurar o acompanhamento e a orientação do professor, em sala de
aula, e do gestor, na administração escolar. O espírito de equipe é base do
Programa. Busca-se, uma única meta: melhorar o desempenho do aluno, para
garantir o sucesso de sua trajetória escolar. O projeto acontece manha/tarde, atendendo
individualmente e/ou em pequenos grupos, alunos com necessidade de apoio específico,
com professores capacitados para esta finalidade;
· Bola
na Rede: Criado com objetivo de ocupar espaços ociosos na vida dos alunos, evitando
assim, que os mesmos permaneçam nas ruas, além de diminuir a evasão escolar, trabalhar
valores sociais e descobrir talentos. Serão oferecidas aos alunos as
modalidades: basquete, voleibol, handebol e futsal;
· Plano
de Desenvolvimento da Escola (PDE) O Plano de Desenvolvimento da Escola é uma
ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho:
focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos
objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em
constante mudança;
·
É considerado um processo de planejamento
estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e
da aprendizagem;
·
O PDE-Escola constitui um esforço
disciplinado da escola para produzir decisões e ações fundamentais que moldam e
guiam o que ela é, o que faz e por que assim o faz, com um foco no futuro;
· PDE
Interativo-ferramenta escolar disponível no SIMEC, desenvolvida pelo MEC em
parceria com as secretarias estaduais e municipais. O sistema tem a
característica de ser auto-instrutivo e interativo. Ou seja, além das escolas e
secretarias não precisarem realizar formações presenciais para conhecer a
metodologia e utilizar o sistema, este interage permanentemente com o usuário, estimulando
a reflexão sobre os temas abordados. O PDE Interativo está organizado em etapas
que ajudam a equipe escolar a identificar seus principais problemas e a definir
ações para alcançar os seus objetivos, aprimorar a qualidade do ensino e da
aprendizagem e melhorar os seus resultados;
· Capoeira-
Uma das formas mais eficazes de intervenção político-social são os esportes e o
lazer, e a Capoeira é uma das opções mais viáveis por suas características, história
e peculiaridades que facilitam a sua contextualização sociocultural para tal
finalidade contemplado assim a lei 10.639 onde se dá a obrigatoriedade da
temática "História e Cultura Afro-Brasileira”. De forma isolada ou
inserida em projetos sociais, a Capoeira é uma atividade que tem sido utilizada
de forma eficaz como ferramenta social-pedagógica.
Foi
constatado que a Capoeira, por ter uma práxis única e peculiar, mesclada com a
herança histórica e sociocultural, proporciona ricas oportunidades de pesquisa
e de emprego, dentre estas, como uma proposta cultural de prática esportiva
social, tornando-a uma forte candidata a integrar a proposta de qualquer
projeto de Esporte Social. Uni os termos: capoeira, educação física e esporte
social:
· Intervenção
em saúde bucal, com ações de promoção e prevenção em saúde bucal, realizando
atividades educativas e escovação bucal supervisionada;
· Projeto
sacola de Leitura tem como maior objetivo incentivar o gosto pela leitura desde
as séries iniciais, trabalhando os diversos gêneros literários;
· PIP:
No Programa de Intervenção Pedagógica/PIP, tudo se constrói com o espírito de
equipe, em busca de uma única meta: melhorar
o desempenho do aluno, para garantir o sucesso de sua trajetória escola;
Sempre
que a experiência o indicar e com a finalidade de atender às conveniências
didático-pedagógicas, os programas poderão sofrer reajustamentos, adaptando-se
ao nível do desenvolvimento dos alunos e à evolução do meio social.
As
diretrizes curriculares de ensino da Secretaria Municipal de Educação serão
efetivadas pelos professores de cada componente curricular, acompanhado pelos
especialistas da educação.
3.3.1.5. Frequência
No
Art. 206, da Constituição Federal (1988), entre os diversos princípios
enumerados no referido artigo, o primeiro refere-se à igualdade de condições
para o acesso e permanência dos alunos na escola. Mais adiante, no Art. 208, o
legislador, ao tratar sobre o dever do Estado com a educação, determina que o
mesmo seja efetivado mediante várias garantias de acessibilidade à escola,
estabelecendo, como competência do Poder Público o recenseamento dos educandos
no ensino fundamental, e outras ações como a de fazer-lhes a chamada e zelar,
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
A frequência escolar é o exercício de um
direito essencial às crianças e jovens: o direito à educação.
O
trabalho da instituição é cercear de forma efetiva, com ações de
conscientização da comunidade (pais) a importância da frequência e permanência
da criança na escola, evitando assim o abandono e a diminuição da distorção
idade/ano escolar.
Será
exigida a frequência a todas as atividades escolares e o comparecimento do
aluno será computado para fins de aprovação.
A
Escola zelará para que seja evitada a infrequência adotando, para tanto, medida
preventiva no decorrer do ano letivo, junto à família e autoridades
competentes.
Quando
se tratar de aluno cuja família é beneficiada por programas de assistência
vinculados a frequência cabe à direção da escola encaminhar a relação dos
alunos infrequentes ao órgão competente.
A
frequência às atividades escolares deverá ser registrada pelos professores nos
Diários de Classe e transcritos pelo Secretário da Escola na Ficha Individual
do aluno.
A
frequência será apurada a partir da data da efetivação da matrícula e para fins
de aprovação do aluno exige-se a frequência global mínima de 75% (setenta e
cinco por cento) da carga horária anual e um mínimo de 60% (sessenta por cento)
de aproveitamento em relação aos objetivos definidos para os conteúdos
curriculares previstos no Plano Curricular da Escola.
O
aluno do ensino fundamental que apresentar frequência global inferior a 75%
(setenta e cinco por cento) será submetido a uma avaliação para fins de
reclassificação.
Terá
tratamento especial o aluno que se encontre nas situações:
1)
alunos portadores de afecções congênitas ou adquiridas por traumatismo,
infecções que determine distúrbios agudos caracterizados por:
a)
incapacidade física, incompatível com a frequência aos trabalhos escolares;
b)
ocorrência isolada ou esporádica;
c)
as situações previstas no inciso anterior e suas alíneas deverão ser
comprovadas através do laudo médico oficial ou entidade que mereça fé pública;
2)
alunas a partir do 8º (oitavo) mês de gestação, durante os 120 (cento e vinte)
dias ficarão assistidas pelo regime de exercício domiciliar, ficando o
tratamento especial condicionado à aprovação de atestado médico;
3)
aluno que estiver prestando serviço militar;
4)
aluno convocado temporariamente para o serviço militar, desde que suas faltas
se deem em virtude de obrigações desta situação;
5)
o estudante que realiza parte dos estudos no exterior.
A
fim de impedir o acúmulo do déficit de frequência, a Escola comunicará
bimestralmente aos alunos e seus responsáveis a soma de suas faltas, usando
boletim e/ou outro instrumento que julgar necessário.
Além
do disposto neste artigo a escola deve informar pai e mãe, conviventes ou não
com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais sobre a frequência e
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da
escola.
Na
hipótese da infrequência não ser sanada, a escola deve notificar ao Conselho
Tutelar, ao juiz competente da comarca e ao respectivo representante do
Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas
acima de 50% (cinquenta por cento) do percentual permitido em lei.
Depois
de tomadas todas as providências cabíveis, se o aluno faltar mais de 25% (vinte
e cinco por cento) do total da carga horária anual, será submetido ao processo
de reclassificação, conforme os seguintes critérios:
1) O
aluno deverá realizar trabalhos/atividades de cada componente curricular;
2) Os
trabalhos de reclassificação deverão ter o registro da apreciação do professor
com a verificação do resultado satisfatório ou não;
3) Os
trabalhos de reclassificação que não apresentarem resultado satisfatório
deverão ser devolvidos aos alunos com orientações do professor para as devidas
correções;
4) Caso
o aluno demonstre conhecimento suficiente para prosseguimento de estudos, será
considerado reclassificado;
Os trabalhos de
reclassificação deverão conter a assinatura do professor e do pedagogo e devem
ser arquivados na escola.
3.3.1.6. Da Classificação e Reclassificação
Classificar
significa posicionar o aluno em anos, compatíveis com sua idade, experiência,
nível de desempenho ou de conhecimento.
A
classificação ocorrerá em qualquer ano de escolaridade, do nível Fundamental,
exceto no 1º (primeiro) ano, dar-se-á por promoção, transferência ou
independente de comprovante de escolarização anterior, por meio de avaliação
realizada pela escola através do Conselho de Classe.
Ao
aluno sem comprovante de escolarização, será aplicada uma avaliação para cada
componente curricular, tratado sob regime de disciplina, no valor de 100 (cem)
pontos, devendo o aluno obter aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento)
em cada componente curricular.
Reclassificar
significa reposicionar o aluno em nível diferente do ano ou período em etapa
diferente daquela indicada em seu histórico escolar.
A
reclassificação compreende a realização de avaliações que permitam demonstrar o
nível de aproveitamento do aluno nos pré-requisitos necessários ao
acompanhamento das atividades compatíveis com a do ano de escolaridade em que
será reclassificado.
A
Escola poderá reclassificar alunos, inclusive quando se tratar de
transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo
como base as normas curriculares gerais.
O
recurso da reclassificação dar-se-á nos seguintes casos:
1) Defasagem
de idade em relação ao ano;
2) Adaptação
ao ensino ministrado na escola de destino;
3) Reprovação
por infrequência;
4) Alteração
da situação escolar anteriormente apresentada;
5) Avanço
escolar.
O
aluno de ensino fundamental com frequência global inferior a 75% (setenta e
cinco por cento) e aproveitamento inferior a 60 % (sessenta por cento)
realizará:
a) Trabalho
em todos os componentes curriculares para o caso de infrequência;
b) Avaliação
final nos componentes curriculares em que o aproveitamento for inferior a 60%
(sessenta por cento).
c) Os
documentos fundamentam a classificação e ou reclassificação (atas, provas e
outros trabalhos), deverão ficar arquivados na escola.
3.3.1.7. Da Recuperação
Os
estudos de recuperação têm por objetivos:
a) Rever
e corrigir as distorções verificadas no processo ensino aprendizagem;
b) Proporcionar
ao aluno novas oportunidades de aprendizagem;
c) Corrigir
e superar deficiências verificadas no desempenho escolar do aluno;
d) Atender
às dificuldades de aprendizagem do aluno tão logo elas apresente, mediante a
utilização de material didático-pedagógico e assistência individualizada,
periodicamente, durante o percurso escolar do aluno no ano letivo em curso.
Esta
escola oferecerá novas oportunidades de aprendizagem sob a forma de estudos de
recuperação a serem realizadas, paralelamente ao processo ensino aprendizagem,
no momento em que o aluno manifestar dificuldades em assimilar os conteúdos
trabalhados.
Ao
professor caberá promover a recuperação paralela, concomitante ao período
letivo sem prejuízo do processo ensino aprendizagem.
Depois
de concluído o ano letivo, a escola oferecerá outra oportunidade aos alunos do
aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em cada componente
curricular.
A
avaliação final terá o valor de 100 (cem) pontos, devendo o aluno obter o
mínimo de 60% (sessenta por cento) em cada componente curricular para a sua
aprovação.
Ao
aluno do 9º ano do Ensino Fundamental, que, após a avaliação final permanecer
com o aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em até 02 (dois)
componentes curriculares ou com estudos suplementares nos anos anteriores, será
oferecido no início do ano seguinte, nova oportunidade, no valor de 100 (cem)
pontos, devendo obter o mínimo de 60% (sessenta por cento) de aproveitamento
para promoção.
A
escola deverá organizar e aplicar a nova oportunidade na primeira quinzena do
mês de fevereiro aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
3.3.1.8. Do Regime de Progressão Parcial / Estudos Suplementares
A
progressão parcial/estudos suplementares é o procedimento oferecido pela escola
que permite ao educando, dos anos finais do Ensino Fundamental, avanços
sucessivos e sem interrupções.
A
efetivação dos Estudos Suplementares na escola de acordo com suas possibilidades
será procedida da seguinte forma:
a) Em
turmas regulares na própria escola em horário não coincidente com os trabalhos
escolares exigidos no ano em que está matriculado;
b) Em
turmas especificamente constituídas;
c) Através
de estudos orientados.
O
aluno do 7º e 8º ano do Ensino Fundamental beneficiar-se-á dos Estudos
Suplementares quando reprovado em no máximo 02 (dois) componentes curriculares,
podendo matricular-se para o ano seguinte e cursar o conteúdo curricular objeto
de reprovação.
Ficará
retido no ano em curso o educando que não apresentar o desempenho mínimo em
três ou mais componentes curriculares, incluindo-se aqueles objetos de estudos
suplementares.
Os
Estudos Suplementares terão para o aluno a duração de um semestre.
É
vedada a expedição de certificado de conclusão de grau ao aluno sujeito a
Estudos Suplementares.
Ao
aluno do 9º ano que após a avaliação final permanecer com aproveitamento
inferior a 60% (sessenta por cento) em até 02 (dois) componentes curriculares
ou com Estudos Suplementares nos anos anteriores, será oferecido no início do
ano seguinte, nova oportunidade, no valor de 100 (cem) pontos, devendo obter o
mínimo de 60% (sessenta por cento) de aproveitamento para aprovação.
O
aluno do 9º ano que não alcançar o mínimo estabelecido no § 4º deste artigo
será considerado reprovado tendo o mesmo que repetir o ano, sem direito á
matrícula por disciplina.
O
aluno só concluirá o nível de ensino quanto obtiver a aprovação nos componentes
curriculares em que se encontrar em regime de progressão parcial.
Os
documentos escolares: Livro de Matrícula, Declaração de resistência, cópia de
Ficha Individual do Aluno, Diário de Classe e Livro de Atas de Resultados
Finais, relativos aos Estudos Suplementares, ficarão arquivados na escola.
3.3.1.9. Transparência de Resultados de Avaliações Internas e Externas
A
avaliação não é um fim em si mesma, é um processo permanente de reflexão e ação
entendido como constante diagnóstico,buscando abranger todos os aspectos que
envolvam o aperfeiçoamento da prática sócio-politico-pedagógica. Explicita as
concepções de educação, homem e sociedade;portanto não é neutra,sendo um
processo intimamente ligado à organização curricular.Ela deve priorizar a
critica e autonomia moral e intelectual dos professores,alunos e demais
envolvidos no processo avaliativo e deve considerar o conhecimento que o aluno
traz para a escola.
Comumente
a avaliação é entendida como resultado de testes, provas e trabalhos ou
pesquisas dadas aos alunos e aos quais se atribui uma nota ou conceito, que
aprova ou reprova, é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão
da prática dos professores e alunos num processo contínuo e dinâmico.
As
primeiras ideias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao conceito de
verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é no
corpo que o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação como no pé, no
palmo etc. Todos os instrumentos de medida e avaliação são eficientes quando
usados criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos.
Até
o século XIX, com uso da prova escrita tornou-se possível registrar os aspectos
e economizar tempo, pois todos eram avaliados simultaneamente.
Hoje
a avaliação é objeto de constantes pesquisas como: político, filosófico, tecnológico
e sociológico.
Luckesi
(1998) se refere à avaliação como juízo de valores sobre dados relevantes para
uma tomada de decisão. Portanto,
[...] o sentido da avaliação está em
fornecer informações ao aluno que o ajudem a progredir até a autoaprendizagem,
oferecendo-lhe notícias do estado em que se encontra e as razões do mesmo, para
que utilize esse dado como guia de auto-direção, meta da educação (LUCKESI,
1998).
Avaliar
é uma tarefa didática necessária e permanente No trabalho do docente que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem e com isso ter
indicadores como dar condição para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem,
proporcionando dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a
reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino,
deve-se incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de
aprendizagem, devendo preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem e a
capacidade de elaboração pessoal com a finalidade educativa que deverá ser
contínua, permanente e cumulativa.
A
Escola Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez adotará os seguintes
critérios para avaliação conforme regimento escolar;
Dos
pontos distribuídos a cada bimestre, 60% (sessenta por cento) serão destinados
ao processo (relatórios, estudos dirigidos, pesquisas, trabalhos individuais ou
em grupo, observações, experiências, auto avaliação e outros) e os 40%
(quarenta por cento) restante serão destinados ao produto (teste, provas entre
outros).
Os
resultados das avaliações deverão ser usados para reformular e aperfeiçoar o
ensino e, um dos procedimentos adquiridos é a recuperação de estudos paralelos,
ou seja, as ações paralelas que são concomitantes de retomada ao longo do
período letivo, os estudos paralelos de recuperação são inerentes a uma pratica
avaliativa mediadora com intenção de subsidiar, provocar e promover a evolução
do aluno em todas as áreas de seu desenvolvimento quer seja em forma de
trabalho, pesquisas, relatórios, exercícios diversos, jogos, estudos em grupos,
testes, sempre que forem constatados dificuldades na aprendizagem, e no caso
dos alunos com necessidades especiais, serão encaminhados para a sala de
recursos (AEE).
Avaliação
externa: perspectivas para a ação pedagógica e a gestão do ensino.
As
avaliações do desempenho escolar, feitas em larga escala na educação básica, estão
presentes na política publica de educação brasileira há duas décadas.
Entretanto, a partir de 2005 com a Prova Brasil e de 2007 com o Índice de
Desenvolvimento d Educação Básica (Ideb), passaram a ter maior destaque na
agenda político-educacional de municípios e estados. O caráter censitários
desses indicadores e a projeção de metas bianuais do Ideb promoveram maior
interesse, adesão e mobilização em torno dessas avaliações por parte de
gestores educacionais, escolas,professores e comunidades.
Estas
avaliações buscam assegurar a melhoria da Educação, fortalecendo o direito a
uma educação de qualidade a todos os alunos. Os resultados dos testes aplicados
apontam para a realidade de ensino, oferecendo um panorama do desempenho
educacional.
Os
resultados da avaliação em larga escala fornecem subsídios para a tomada de
decisões destinadas a melhorias no sistema de ensino e nas escolas. Eles também
permitem acompanhar o desenvolvimento das redes e sistemas de ensino, ao longo
das diferentes edições dos testes em larga escala, mediante a comparação dos
resultados. Com os resultados das avaliações em larga escala é possível
construir indicadores nacionais, como, por exemplo, o IDEB (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica), bem como a distribuição do percentual de
alunos em cada nível da escala de proficiência.
A
Escola Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez, passou pelas avaliações
externas apenas uma vez, haja visto que a instituição teve sua autorização de
funcionamento somente em 2013, tornando-se impossível comparar dados atuais com
dados anteriores. Contudo, ainda que não fosse possível fazer comparações de
resultados, a equipe pedagógica pode perceber o nível de aprendizagem de cada
turma a partir dos resultados obtidos, podendo assim repensar e planejar ações
pedagógicas e gestão educacional, partindo do principio que o ponto de chegada
são o direito de aprender e o avanço da melhoria global do ensino.
Com
relação à forma de divulgação dos resultados das Ações Educacionais voltadas à
aprendizagem dos alunos, aos pais e comunidade, esta unidade de ensino adota
como forma de divulgação, as reuniões de pais, que ocorrem
periodicamente/bimestralmente, nos horários de módulos de professores, e as
reuniões do Conselho Escolar, etc. Entretanto, faz-se necessário pensar
coletivamente e individualmente sobre a divulgação das ações educacionais
voltadas à aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, esta escola, pensando em
preservar a integridade emocional de alunos e pais e considerando que cada
indivíduo tem seu ritmo próprio de aprendizagem e assimilação de conhecimento,
convida a família, representada pelo responsável, a conhecer as ações
educacionais e ajudar a escola a criar estratégias que atendam as dificuldades
dos discentes.
3.3.1.10. Projeto de intervenção Pedagógica
Projetar
relaciona-se aos planos de realizar intencionalmente, assim, a projeção
constitui-se uma ação marcada pela historicidade social, pela produção humana
da vida material e cultural, que parte da avaliação. Onde aferir a proficiência
parte da reflexão de determinada realidade, visto que os dados e informações
gerados pela avaliação possibilitam um julgamento que conduz a uma tomada de
decisão. E é embasado neste conceito que a o Plano de Intervenção:
Superando Barreiras aborda suas ações sobre alfabetização, letramento e
matemática, nele dois pontos são essenciais surge da problemática da realidade e
o compromisso de intervir.
Durante
muito tempo a alfabetização foi concebida de diversos modos ao longo da
história. A partir do início da década de 80, as proposições do pensamento
construtivista introduzidas no Brasil, difundido pela pesquisadora Argentina
Emilia Ferreiro e colaboradores, trouxe uma significativa mudança nos
pressupostos e objetivos na área da alfabetização, alterando a concepção do
processo de aprendizagem, uma vez que deslocou o eixo das discussões dos
métodos de ensino para o processo de aprendizagem da criança, ou seja, dirigiu
o debate não mais apenas a como se ensina, mas principalmente sobre como se
aprende.
Hoje,
no entanto, a alfabetização é compreendida quando o sujeito é capaz de ler e
escrever textos com autonomia, participando ativamente de diferentes situações
em que a escrita está presente. Estudos comprovam que antes de escreverem
convencionalmente, as crianças têm oportunidades, de internalizar as
características dos gêneros textuais com que se familiarizam. E esse
aprendizado é fundamental para que, o domino da escrita alfabética exerça, de
forma cada vez mais plena, a condição de cidadãos letrados.
Ler não é decifrar palavras. A leitura é
um processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do
significado do texto, apoiando-se em diferentes estratégias, como seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo que sabe sobre a
linguagem escrita e o gênero em questão”. (RCNEI, 1998, p.144)
Considerando
os fundamentos teóricos que embasam o plano de intervenção o trabalho
diversificado é de suma relevância nos aspectos biopsicossociais, por isso, o
plano aderiu um trabalho com sequencias didáticas, que permite a elaboração de
contextos de produção de forma precisa, por meio de atividades e exercícios
múltiplos e variados com a finalidade de oferecer aos alunos noções, técnicas e
instrumentos que desenvolvam suas capacidades de expressão oral e escrita em
diversas situações de comunicação, bem como na linguagem Matemática (DOLZ,
2004).
Nesta
perspectiva, a Matemática move-se quase exclusivamente no campo dos conceitos
abstratos e de suas inter-relações. Sendo, componente importante que fomenta a
autonomia e o exercício da cidadania com responsabilidade, e neste sentido, a
escola deve envolver as crianças com atividades matemáticas onde elas possam
construir a aprendizagem de forma significativa, colocando-as diante de
situações envolventes que lhe sejam problemáticas, interessantes, desafiantes
e, ao mesmo tempo, que sejam capazes de estimulá-la a aprender.
A atividade matemática escolar não é um
olhar para as coisas prontas e definidas, mas a construção e a apropriação de
um conhecimento pelo aluno, que se servira dele para compreender e transformar
sua realidade (PCN: Matemática, p.19, 1997).
Nesse
ínterim, esta proposta de trabalho interdisciplinar com atividades
diversificadas se pautada na valorização de atividade colaborativas e coletivas
que viabilizem a expressão dos sujeitos envolvidos, a confrontação das
hipóteses e ideias, através do lúdico.
A
intervenção proposta pela escola, com fins específicos de atender as
necessidades diagnosticadas e encontrar alternativas que possam viabilizar o
ensino aprendizado nos anos iniciais, fundamenta-se em jogos, atividades
diversificadas sugeridas pelo próprio Guia de Aplicação da Provinha Brasil,
Simave e Ana.
3.3.2. GESTÃO PEDAGOGICA
O
trabalho pedagógico no espaço escolar é o que de fato constitui a função da escola.
É a partir desse processo, e dos elementos e sujeitos que compõem, que é
definido o projeto pedagógico da escola, articulando assim, o trabalho do
pedagogo, o currículo, a formação docente e a pesquisa.
Lück
(2009) ao caracterizar a função do gestor pedagógico dentro do contexto
escolar, analisa que,
A gestão pedagógica é de todas as
dimensões da gestão escolar, a mais importante, pois está mais diretamente
envolvida com o foco da escola que é o de promover aprendizagem e formação dos
alunos, conforme apontado anteriormente. Constitui se como a dimensão para a
qual todas as demais convergem, uma vez que esta se refere ao foco principal do
ensino que é a atuação sistemática e intencional de promover a formação e a
aprendizagem dos alunos, como condição para que desenvolvam as competências
sociais e pessoais necessárias para sua inserção proveitosa na sociedade e no
mundo do trabalho, numa relação de benefício recíproco. Também para que se
realizem como seres humanos e tenham qualidade de vida (LÜCK, 2009, p. 95).
Dois
autores fizeram referências em relação ao papel do gestor pedagógico e às
transformações organizacionais das escolas no que concerne ao processo
educacional inclusivo: Tesani (2004) e Sousa (2009).
Para
Tesani (2004, p. 44) compreender o papel da gestão pedagógica no processo de educação
inclusiva é aceitar que,
[...] este tem o papel de implementar a
política; ou seja, realizar em ações o que a proposta de Educação Inclusiva se
propõe a fim de (re)significar e (re)construir culturas inclusivas [...]. O
gestor que prevê a articulação com o currículo em torno da avaliação,
procedimentos metodológicos, conteúdo e aprendizagem, bem como, do fazer
pedagógico, propriamente dito que operacionaliza a interação dos elementos
escolares, na promoção do fazer coletivo a fim de construir e legitimar
objetivos educacionais comuns, direcionados em práticas pedagógicas mais
inclusivas.
Sousa
(2009), também realiza uma análise semelhante e acresce que,
Para garantir uma educação de qualidade a
todos os alunos e, em especial aos alunos com NEE, é necessário que o gestor
pedagógico, em colaboração com outros profissionais da área de ensino, promova
uma transformação nas formas organizacionais da escola, eliminando as barreiras
que possam impedir o processo de escolarização dos referidos alunos.
Libâneo
(2004) indica a organização dos processos do ensino aprendizagem da seguinte
maneira,
Compreende o currículo, a organização
pedagógico-didáticos (planos, metodologias, organização dos níveis escolares, horários,
distribuição de alunos por classe), assistência pedagógica sistemática ao
professor, avaliação, ações de formação continuada, conselhos de classe, etc. (LIBÂNEO, 2004, p. 209).
3.3.2.1. O CURRÍCULO
O
currículo escolar é componente essencial do PPP. Nele esta proposta a
organização dos aspectos pedagógicos essenciais para a produção do
conhecimento.
Pinheiro
(2003) afirma que,
[...] a organização do currículo propõe os
elementos relacionados a pratica pedagógica, definindo os espaços e as funções
exercidas pelos inúmeros componentes que integram o processo educativo, viabilizando
o processo ensino aprendizagem, como:
· O aproveitamento
do tempo escolar;
· A ligação entre as
áreas do conhecimento;
· Conteúdos e
programas;
· Proposição de
normas e padrões de comportamento; opção de procedimento didáticos e de
avaliação;
· Aspectos
valorativos e morais cogitados pela escola.
(Pinheiro,
2003).
“O
currículo define o que ensinar, o para que ensinar, o como ensinar e as formas
de avaliação, em estreita colaboração com a didática” (Libâneo, 2004, p.169). Portanto,
o currículo é o documento escolar que encaminha a produção de conhecimento na
sala de aula.
Mesquita (2013) apresenta
ainda outras características do currículo nos dias atuais:
[...] o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional (MESQUITA, 2013).
[...] Logo, o
que se quer dizer é que a escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno
elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que
contribuam para a formação do currículo escolar (MESQUITA, 2013).
Ao
situar o currículo (PARANÁ, 2008, p.6) como um produto histórico, resultado de
um conjunto de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam e
organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos
que, por sua vez, são também históricos e sociais. Ou seja, o currículo deve oferecer,
não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos, como também,
os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que
forma os sujeitos se inserem neles.
Nesta
perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo, é preciso situar que alguns
dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos
legais (exemplo: Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História
e cultura afro brasileira e africana – Lei 11645/08, trata sobre
obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro brasileira, africana e
indígena - ECA, Estatuto do Idoso, entre outros) têm uma historicidade ligada
ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos
sociais. Esta pressão histórica da sociedade na condução destas discussões
também resulta em acordos internacionais firmados pelos países signatários, a
exemplo do acordo Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação
Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas. Esta historicidade ajuda a compreender
por que algumas demandas ganham força de lei e outras não. (PARANÁ, 2008, p 12)
Porém
deve -se ressaltar que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e
fundamentada pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes desafios,
entendendo-os na mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da
historicidade, da concreticidade e da totalidade, indo para além de representações
ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.
Os
Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental; Prevenção ao uso
indevido de drogas; Relações Étnico-Raciais; Sexualidade; Violência na escola, direitos
humanos,Valorização da Família dentre outros, devem ser contemplados a partir
das dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas de leituras,
pesquisas, debates e outras estratégia pertinentes, que deverão
ser contemplados no Plano de Trabalho Docente, como parte do conteúdo e buscar
os fundamentos conceituais, entendo-o nas dimensões históricas, sociais, políticas
e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos, dada a compreensão dos
mesmos em sua concretude.
Os
desafios educacionais contemporâneos devem ser trabalhados de forma dialética,
portanto devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas
da realidade.
3.3.2.2. DA PROPOSTA CURRICULAR DA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA CARLOTA DE ANDRADE MARQUEZ
O
currículo do Ensino Fundamental é constituído pelas experiências escolares que
se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais,
buscando articular vivência e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes.
O
foco nas experiências escolares significa que as orientações e as propostas
curriculares que provêm das diversas instâncias só terão concretude por meio
das ações educativas que envolvam os alunos.
O
currículo do Ensino Fundamental tem uma base nacional comum e uma parte
diversificada que não podem ser considerados como dois blocos distintos.
A
articulação entre a base nacional comum e a parte diversificada do currículo do
Ensino Fundamental possibilita a sintonia dos interesses mais amplos da
formação básica do cidadão com a realidade local, as necessidades dos alunos,
as características regionais da sociedade, da cultura e da economia.
O
currículo da base nacional comum do Ensino Fundamental abrange obrigatoriamente
o estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo físico e
natural e da realidade social e política, especialmente a do Brasil, bem como o
ensino da Arte, a Educação Física e o Ensino Religioso.
Os
componentes curriculares obrigatórios do Ensino Fundamental são assim
organizados em relação às áreas do conhecimento:
I-
Linguagens:
a) Língua
Portuguesa;
b) Literatura;
c) Língua
Estrangeira Moderna – Inglês;
d) Arte;
e) Educação
Física.
II-
Matemática.
III-
Ciências da Natureza.
IV-
Ciências Humanas:
f) História;
g) Geografia.
V
- Ensino Religioso
Classificação
e reclassificação
Classificar
significa posicionar o aluno em anos, compatíveis com sua idade, experiência,
nível de desempenho ou de conhecimento.
A
classificação ocorrerá em qualquer ano de escolaridade, do nível Fundamental,
exceto no 1º (primeiro) ano, dar-se-á por promoção, transferência ou
independente de comprovante de escolarização anterior, por meio de avaliação
realizada pela escola através do Conselho de Classe.
Ao
aluno sem comprovante de escolarização, será aplicada uma avaliação para cada
componente curricular, tratado sob regime de disciplina, no valor de 100 (cem)
pontos, devendo o aluno obter aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento)
em cada componente curricular.
Reclassificar
significa reposicionar o aluno em nível diferente do ano ou período em etapa
diferente daquela indicada em seu histórico escolar.
A
reclassificação compreende a realização de avaliações que permitam demonstrar o
nível de aproveitamento do aluno nos pré-requisitos necessários ao
acompanhamento das atividades compatíveis com a do ano de escolaridade em que
será reclassificado.
A
Escola poderá reclassificar alunos, inclusive quando se tratar de transferências
entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo como base as
normas curriculares gerais.
O
recurso da reclassificação dar-se-á nos seguintes casos:
1)
Defasagem de idade em relação ao ano;
2)
Adaptação ao ensino ministrado na escola
de destino;
3)
Reprovação por infrequência;
4)
Alteração da situação escolar
anteriormente apresentada;
5)
Avanço escolar.
O aluno de ensino
fundamental com frequência global inferior a 75% (setenta e cinco por cento) e
aproveitamento inferior a 60 % (sessenta por cento) realizará:
a)
Trabalho em todos os componentes
curriculares para o caso de infrequência;
b)
Avaliação final nos componentes
curriculares em que o aproveitamento for inferior a 60% (sessenta por cento).
Os
documentos fundamentam a classificação e ou reclassificação (atas, provas e
outros trabalhos), deverão ficar arquivados na escola.
Da
recuperação
Os
estudos de recuperação têm por objetivos:
a) Rever
e corrigir as distorções verificadas no processo ensino aprendizagem;
b) Proporcionar
ao aluno novas oportunidades de aprendizagem;
c) Corrigir
e superar deficiências verificadas no desempenho escolar do aluno;
d) Atender
às dificuldades de aprendizagem do aluno tão logo elas apresente, mediante a
utilização de material didático-pedagógico e assistência individualizada,
periodicamente, durante o percurso escolar do aluno no ano letivo em curso.
Esta
escola oferecerá novas oportunidades de aprendizagem sob a forma de estudos de
recuperação a serem realizadas, paralelamente ao processo ensino aprendizagem,
no momento em que o aluno manifestar dificuldades em assimilar os conteúdos
trabalhados.
Ao
professor caberá promover a recuperação paralela, concomitante ao período
letivo sem prejuízo do processo ensino aprendizagem.
Depois
de concluído o ano letivo, a escola oferecerá outra oportunidade aos alunos do
aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em cada componente
curricular.
A
avaliação final terá o valor de 100 (cem) pontos, devendo o aluno obter o
mínimo de 60% (sessenta por cento) em cada componente curricular para a sua
aprovação.
Ao
aluno do 9º ano do Ensino Fundamental, que, após a avaliação final permanecer
com o aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em até 02 (dois)
componentes curriculares ou com estudos suplementares nos anos anteriores, será
oferecido no início do ano seguinte, nova oportunidade, no valor de 100 (cem)
pontos, devendo obter o mínimo de 60% (sessenta por cento) de aproveitamento
para promoção.
A
escola deverá organizar e aplicar a nova oportunidade na primeira quinzena do
mês de fevereiro aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental.
Do
regime de Progressão Parcial / Estudos Suplementares
A
progressão parcial/estudos suplementares é o procedimento oferecido pela escola
que permite ao educando, dos anos finais do Ensino Fundamental, avanços
sucessivos e sem interrupções.
A
efetivação dos Estudos Suplementares na escola de acordo com suas
possibilidades será procedida da seguinte forma:
a)
Em turmas regulares na própria escola em
horário não coincidente com os trabalhos escolares exigidos no ano em que está
matriculado;
b)
Em turmas especificamente constituídas;
c) Através
de estudos orientados.
O
aluno do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental beneficiar-se-á dos Estudos
Suplementares quando reprovado em no máximo 02 (dois) componentes curriculares,
podendo matricular-se para o ano seguinte e cursar o conteúdo curricular objeto
de reprovação
Ficará
retido no ano em curso o educando que não apresentar o desempenho mínimo em
três ou mais componentes curriculares, incluindo-se aqueles objetos de estudos
suplementares.
Os
Estudos Suplementares terão para o aluno a duração de um semestre.
É
vedada a expedição de certificado de conclusão de grau ao aluno sujeito a
Estudos Suplementares.
Ao aluno do 9º ano que após a avaliação final
permanecer com aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em até 02
(dois) componentes curriculares ou com Estudos Suplementares nos anos
anteriores, será oferecido no início do ano seguinte, nova oportunidade, no
valor de 100 (cem) pontos, devendo obter o mínimo de 60% (sessenta por cento)
de aproveitamento para aprovação.
O
aluno do 9º (nono) ano que não alcançar o mínimo estabelecido no § 4° deste
artigo poderá beneficiar-se da Progressão Parcial, em até 02 (dois) Componentes
Curriculares, tendo sua matrícula garantida no 1º Ano do ensino Médio nas
Escolas da Rede Pública Estadual onde deverá realizar os estudos necessários à
superação das deficiências de aprendizagens.§ 6° - O aluno só concluirá o nível
de ensino quando obtiver a aprovação nos componentes curriculares em que se
encontrar em regime de progressão parcial.
O
aluno só concluirá o nível de ensino quanto obtiver a aprovação nos componentes
curriculares em que se encontrar em regime de progressão parcial.
Os
documentos escolares: Livro de Matrícula, Declaração de Desistência, cópia de
Ficha Individual do Aluno, Diário de Classe e Livro de Atas de Resultados
Finais, relativos aos Estudos Suplementares, ficarão arquivados na escola.
Da
organização do tempo e espaço escolar
O
calendário escolar será elaborado conforme normas legais e as diretrizes da
Secretaria Municipal de Educação, aprovado pela Secretaria Municipal de
Educação, e homologado pela Superintendência Regional de Ensino antes do início
do ano letivo.
No
Calendário Escolar constarão:
a)
início e término do ano escolar e letivo;
b)
dias letivos e escolares;
c)
dias destinados à realização das Assembleias do Conselho Escolar e Caixa
Escolar;
d)
período de planejamento e aperfeiçoamento dos professores;
e)
período destinado à avaliação final e reclassificação;
f)
recessos, feriados e férias;
g)
programações culturais, cívicas e pedagógicas da escola e do município;
h)
reuniões do conselho de classe;
i)
Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro).
O
período destinado à matrícula será estabelecido, anualmente, pela Secretaria de
Estado da Educação e unificado na rede pública de ensino (Estadual e Municipal).
O
ano letivo será composto de 200 (duzentos) dias, cada um com o mínimo de 04
(quatro) horas diárias de efetivo trabalho escolar, desenvolvidas em 40
(quarenta) semanas, totalizando uma carga horária anual mínima de 800
(oitocentas) horas, excluído o tempo destinado ao recreio e aos exames finais.
Cabe
à comunidade escolar, juntamente com o Conselho Escolar e em consonância com o
Inspetor Escolar, assegurar pelo fiel cumprimento das atividades previstas no
Calendário Escolar, na forma da legislação.
Consideram-se
dias letivos aqueles que envolvem professores e alunos de cada turma em
atividades de ensino e aprendizagem, de caráter obrigatório, independentemente
do local onde se realize com o registro da frequência doa aluno e efetiva
orientação.
Consideram-se
dias escolares aqueles em que são realizadas atividades de caráter pedagógico
ou administrativo, com a presença obrigatória do pessoal docente, técnico e
administrativo, podendo incluir a representação de pais e alunos.
Da
organização das turmas
O
número de alunos por turma obedecerá às condições físicas de casa sala ou
ambiente de realização da atividade e à limitação decorrente das normas legais
vigentes, sendo:
I – Ensino Fundamental de nove anos:
1) 1º
ano e 2º ano, no mínimo 28 (vinte e oito) alunos;
2) 3º
ano, no mínimo 30 (trinta) alunos;
3) 4º
e 5º ano, no mínimo 32 (trinta e dois) alunos;
4) 6º
e 9º, no mínimo 35 (trinta e cinco) alunos.
Do
processo ensino-aprendizagem
Por
muito tempo a Pedagogia focou o processo de ensinar, no professor, supondo que,
como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou
autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo
de aprendizagem ficou relegado a segundo plano.
Hoje
se sabe que é necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que um não se realiza sem o outro.
Segundo
Freire (1997),
Ensinar inexiste sem aprender e vice – versa
e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram
que era possível ensinar [...] Aprender precedeu ensinar ou em outras palavras,
ensinar se diluía na experiência realmente fundante de aprender (FREIRE, 1997).
Daí
a importância de conhecermos e refletirmos sobre o real significado do ensino e
da aprendizagem que não se resumem apenas ao espaço da escola, mas estão
presentes em diversos ambientes e situações como: em casa, na rua, no trabalho,
no lazer, em contato com os produtos da tecnologia e no contato com a natureza.
Cada
situação pode ser uma situação de ensino e aprendizagem, que consiste em ser
capaz de indagar, pesquisar, procurar alternativas, experimentar, analisar,
dialogar, compreender, ter uma atitude indagadora perante tudo o que se
relaciona com a educação.
Aprender
e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o ato de ensinar “é
o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular a
humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI,
1999).
Este
processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais
necessários a sua formação e a sua humanização.
Nada
mais democrático que ensinar com o compromisso que haja a aprendizagem por
parte de todos os alunos. Contudo, a forma, o tempo e o entorno pelo qual se
aprende, por parte dos sujeitos, são diferentes, isso deve ser considerado. Não
se trata de negligenciar o que deve ser ensinado em nome das dificuldades do
sujeito, deve-se sim, modificar as formas de mediação para que ele de fato
aprenda.
É
a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e
cultural existentes que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada,
indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos. O grande desafio dos
educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize
práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento
historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos (SEED/PR, 2005).
Para
Vygotsky (1998) a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação
mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal. “O
conhecimento é, portanto, fruto de uma relação mediada entre sujeito que
aprende e sujeito que ensina e o objeto de conhecimento”.
Os
processos de produção do conhecimento permitem, ao aluno, sair do papel de
passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas
funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem.
Esta
defesa de dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e
a aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de apropriação
do conhecimento que possibilite compreender o real em suas
contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem histórico cultural.
No
que concerne o processo de ensino e de aprendizagem, devemos considerar que o
discente é um ser social, dotado de capacidades afetivas, emocionais e
cognitivas.
O
ambiente escolar, nesse contexto, representa a oportunidade de desenvolvimento
dos aspectos ora mencionados. Na escola a criança expressa suas expectativas,
seus conhecimentos, suas percepções, suas compreensões e aprende na troca com
colegas, professores e demais pessoas que ali se encontram.
O
papel exercido pelo professor é considerado determinante, pois será,
principalmente, através dele que o aluno estabelecerá vínculos, se interagindo
e incorporando novos conhecimentos.
A
prática da escola deve ser pautada na criação de condições favoráveis ao processo
ensino/aprendizagem, através da valorização do trabalho docente e do estímulo
ao discente em aprender cada vez mais.
Aproveitamento
escolar
A
avaliação consiste em diagnosticar a situação de aprendizagem do aluno em
relação a indicadores de desempenho definidos pela Escola e sua proposta
pedagógica.
A
Escola Municipal Professora Carlota de Andrade Marquez adotará para os anos
iniciais do Ensino Fundamental o seguinte critério;
1)
Para os três anos iniciais: um bloco
pedagógico sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos
os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens
básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos;
2)
A avaliação do aluno no 1º e 2º ano do
Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), a ser realizada pelos professores, será
contínua, cumulativa e diagnóstica e tem um caráter processual, formativo e
participativo, mediante acompanhamento e o registro do seu desenvolvimento;
3)
A observação e o registro se constituirão
nos principais instrumentos de que o professor dispões para apoiar sua prática,
obtendo informações sobre as experiências dos educandos na instituição;
4)
Os registros servirão como suporte para a
elaboração do relatório de trabalho realizado, contemplando as dificuldades, os
avanços, as expectativas, as mudanças e as descobertas, compondo um rico
material de reflexão e ajuda para o planejamento educativo;
5)
No decorrer do ano letivo, o processo de
avaliação do 3º ano, que encerra o bloco inicial de alfabetização (BIA), haverá
avaliações diagnósticas especificas, bem como ocorrerá o processo avaliativo
bimestralmente, que servirão de parâmetro para continuidade ou para retenção,
ao aluno que não demonstrar a consolidação das habilidades e competências
mínimas para prosseguimento dos estudos.
-
No processo avaliativo do 3º ano ao 9º ano serão distribuídos 100 (cem) pontos,
em quatro bimestres, no decorrer do ano letivo.
-
Do 3º ano ao 9º ano os 100 (cem) pontos serão distribuídos da seguinte forma:
a) 1º bimestre: 20 (vinte) pontos;
b) 2º bimestre: 20 (vinte) pontos;
c) 3º bimestre: 30 (trinta) pontos;
d) 4º bimestre: 30 (trinta) pontos.
-
Dos pontos distribuídos em cada bimestre, 60% (sessenta por cento) serão
destinados ao processo (relatórios, estudos dirigidos, pesquisas, trabalhos
individuais ou em grupo, observações, experiências, autoavaliação, e outros) e
40% (quarenta por cento) ao produto (testes/provas).
-
No início e no decorrer do ano letivo, no º (primeiro) e no 2º (segundo) Ano do
Ensino Fundamental far-se-á a diagnose da aprendizagem, cujo resultado servirá
para verificar os aspectos: cognitivo, biológico, social e afetivo dos alunos.
-
A avaliação diagnóstica deverá ser acompanhada e registrada em instrumental
próprio definido pela Escola.
-
Na avaliação do aproveitamento a ser expresso em notas, observar-se-á a
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, que
possibilitará a verificação:
a) da adequação dos currículos ou a necessidade de sua
reformulação;
b) da necessidade de se adotarem medidas de
recuperação;
c) do ajustamento psicossocial do aluno;
d) dos aspectos a serem reformulados no planejamento
escolar;
e) da validade dos recursos didáticos adotados.
-
Os componentes curriculares: Educação Física, Arte, Ensino Religioso, Literatura
do 1º ao 9º ano, Língua Estrangeira Moderno-Inglesas e Geometria serão
trabalhados em forma de atividades diagnósticas, não sendo avaliadas
somativamente.
-
Os resultados das avaliações da aprendizagem serão apresentados aos alunos e/ou
pais ou seus responsáveis, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após sua
aplicação.
-
Os professores deverão entregar os resultados do rendimento escolar bem como a
apuração da assiduidade dos alunos em até 10 (dez) dias após o término do
bimestre à secretaria para os devidos registros.
Promoção
· A promoção tem por finalidade propiciar
condições para o progresso na vida escolar.
· Será
considerado aprovado o aluno no ensino fundamental que tenha obtido:
a) Frequência
igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total anual da carga
horária oferecida;
b) Aproveitamento
mínimo de 60 (sessenta) pontos em cada componente curricular.
· O aluno com frequência inferior a 75% (setenta
e cinco por cento) e aproveitamento inferior a 60% (sessenta por cento) em cada
componente curricular que não obtiver média para aprovação, será realizado:
a) trabalhos em todos os componentes curriculares para
fins de reclassificação;
b) avaliação final nos componentes curriculares em que
o aproveitamento for inferior a 60% (sessenta por cento).
· Não haverá avaliação, para efeito de
aprovação, nos conteúdos desenvolvidos sob forma de atividades.
· A avaliação no 1º (primeiro) Ano do Ensino
Fundamental será feita mediante acompanhamento e o registro do desenvolvimento
do aluno e não constitui pré-requisito para o prosseguimento dos estudos.
Do
atendimento educacional especializado
A
educação especial considera as situações singulares, os perfis dos estudantes,
as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pauta
em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
I-
A dignidade humana e a observância do
direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de
inserção na vida social;
II-
A busca da identidade própria de cada
educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e
potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no
processo ensino-aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de
valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;
III-
O desenvolvimento para o exercício da
cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua
ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus
direitos.
A
Educação Especial é oferecida em todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino desta unidade escolar, tendo o Atendimento Educacional Especializado - AEE
como parte integrante do processo educacional.
Avaliação
processual: procedimentos e/ou ações para melhoria dos índices de frequência e permanência
na escola
Objetivando
afastar uma prática avaliativa excludente, esta escola vem adotando
procedimentos avaliativos diversificados, reconhecendo que a avaliação precisa
ocorrer em diferentes momentos e que vários fatores podem implicar no baixo
rendimento e na evasão escolar.
Partindo
dessa perspectiva, esta unidade de ensino tem desenvolvido ações como: retomada
do conteúdo no qual o aluno apresentou dificuldade, aulas de atendimento ao
desenvolvimento da aprendizagem priorizando alunos do 2º e 3º ano.
Solicitação
aos pais, para que acompanhem, orientem e participem da vida escolar dos
filhos, atividades diferenciadas com o intuito de reforçar aquilo que a criança
ainda não conseguiu incorporar, garantia de um ambiente confiável e outras ações.
Caráter
educativo no ambiente físico, social e cultural da escola
A
escola recebe diariamente pessoas com distintas formações, ou seja, alunos com
histórias e vivências ímpares que convivem diariamente no mesmo ambiente.
Diante
disso, é preciso que se crie um espaço onde todos sejam respeitados em suas
peculiaridades e que também respeitem os demais. A criação de regras/combinados
entre todos os envolvidos torna-se indispensável para a convivência em
sociedade.
Nesse
sentido, esta escola desenvolve periodicamente ações como trabalhos em sala de
aula e campanhas educativas que visem à incorporação de conhecimentos que
possam ser aplicados em qualquer ocasião na vida do discente.
Tais
ações referem à: jogar lixo na lixeira, tratar todos de maneira respeitosa,
economizar água tratada, cuidar dos objetos pessoais e coletivos, manter o
patrimônio público em bom estado de conservação, etc.
Diversidade
cultural e inclusão
No
espaço democrático como é o ambiente escolar é necessário respeitar a
diversidade, pois cada pessoa é um ser único e as mudanças de atitude por si só
não promovem a transformação. São necessárias uma rede de apoio
ao aluno, aos profissionais e a família, principalmente o comprometimento da
comunidade escolar.
A
escola deve optar por uma inclusão responsável para assim enfrentar este
desafio – o da inclusão escolar – repensando e reestruturando as políticas e
estratégias educacionais de maneira a não só criar oportunidade efetivando o
acesso para os educandos com necessidades educacionais especiais, mas
garantindo condições indispensáveis para que possam não apenas estar na escola,
mas sim, aprender.
A
elaboração de um PPP inclusivo deve assegurar educação escolar que propicie
respostas educacionais a todos os alunos, inclusive àqueles que apresentam
Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TDG) e Altas
Habilidades/Superdotação atendidos pela Educação Especial. O aluno com
necessidades educacionais especiais deve ser inserido, preferencialmente, na
escola regular com currículo adaptado para atender às suas necessidades
individuais e as necessidades gerais da classe. A rede regular de ensino deve
prever a rede de apoio à inclusão, no espaço físico da escola ou em espaços os
mais próximos possíveis da mesma, onde o aluno receba o atendimento educacional
especializado (AEE) sempre que necessário.
Neste
sentido, torna-se necessário reflexão e estudos para que nós educadores
possamos adquirir uma nova definição/concepção sobre temas como inclusão e
diversidade, pois, são vários fatores incluindo uma gama de significados de
olhares e formas, relações do “eu”, os “outros”e desta instituição escolar que
definirão a realidade.
Visando
a tendência das políticas educacionais, “escola para todos”, é importante que
nossa instituição adote um sistema educacional que atenda e reconheça as
diferenças individuais, bem como, as respeite na tentativa de adaptar-se as
particularidades dos educandos, construindo um espaço dialógico no qual as
diferenças se complementam tornando o currículo aberto e flexível.
Dentro
de toda problemática que envolve a diversidade cultural surge, portanto a
necessidade de saber como compreender o outro, o diferente no seu mundo de
cultura, sem excluí-lo por antecipação, por isso através de análise e
discussões realizadas consideramos importante conhecer antes de fazer
prejulgamentos. E no que diz respeito ao professor, em sua prática pedagógica,
é preciso conhecer o meio em que os alunos estão inseridos, para atender as
diferentes culturas presentes na sala de aula.
No
cotidiano escolar e social muitos preconceitos revelam-se, em geral através da linguagem, do discurso ou de comportamentos e gestos. Também existe
discriminação referente ao local de origem das pessoas que vivem na cidade ou
no campo, sendo muitas vezes chamados de “roceiros”, favelados,” “colonos”
dentre outros. Destacamos também o preconceito com relação a cor da pele,
padrão de beleza, etnia, grupo social, gênero, religião e faixa etária.
Em
nosso estabelecimento de ensino presenciamos esses problemas, que são visíveis
através dos educandos e de suas famílias que enfrentam as desigualdades
sociais, culturais, afetivas econômicas.
Diante
disso, em sala de aula, os educadores podem utilizar-se de recursos como
dinâmicas, trabalhos em grupo, atividades lúdicas e entrosamento através de
conversação ou diálogos que possam auxiliar no trabalho para que a prática
pedagógica venha a ser heterogênea, lembrando que as diferenças e desigualdades
não desaparecem, mas podem ser amenizadas quando compreendidas. Salientamos que
neste estabelecimento de ensino não há registro de matrículas de descendentes
da cultura indígena, mesmo assim nossos educandos e os profissionais que aqui
atuam reconhecem a importância histórica dessa cultura na sociedade brasileira
valorizando-a e respeitando-a.
Nossa
tarefa enquanto escola é procurar atender a diversidade social, cultural e econômica
na busca da inclusão para todos os indivíduos, e nosso maior desafio é criar uma
proposta de ensino que valorize e reconheça práticas culturais destes indivíduos
sem perder o conhecimento produzido por eles.
Existem
valores que são condicionados à história, à cultura, ao espaço ou à formação de
cada indivíduo e isto faz com que adote posturas eticamente incoerentes, ou
seja, para aquele indivíduo, naquele momento e contexto, podem até ser julgados
como moralmente corretos, mas transgridem os princípios éticos de nossa
existência tornando-se um ato discriminatório muitas vezes presentes no espaço
escolar e um dos principais fatores de exclusão.
Acreditamos,
portanto, que enquanto professores precisamos respeitar a dignidade do
educando, sua autonomia e identidade através de uma prática educativa voltada
às condições sociais, culturais e econômicas da comunidade escolar da qual
fazemos parte.
Reconhecemos
também a necessidade de uma reflexão crítica permanente sobre a prática realizada,
ou seja, uma auto- avaliação do próprio fazer com os educandos, diminuindo assim
a distância entre o que dizemos e o que fazemos. “A prática docente
especificamente humana, é profundamente formadora, por isso, ética”. (FREIRE,
1996).
3.3.3. GESTÃO DE PESSOAS
CAPACITAÇÃO
CONTINUADA
A
Capacitação de todos os profissionais da Escola ocorre nos dias escolares
previstos no calendário escolar, através de atividades realizadas na Escola,
CEMEPE e outras instituições. Para os docentes além dos dias escolares, 25%
(vinte cinco por cento) da sua jornada semanal de trabalho é destinada para
formação continuada, na escola, no CEMEPE e outras instituições.
AVALIAÇÃO
DE DESEMPENHO
O
profissional é avaliado em todas as dimensões que, direta ou indiretamente
interferem em sua conduta e desempenho profissional.
A
avaliação é realizada anualmente pelo superior imediato junto com profissional
avaliado, sendo preenchidos 02 (dois) formulários com os mesmos itens. Um
formulário é preenchido pelo superior imediato e o outro pelo servidor
(auto-avaliação).
Na
avaliação são consideradas também as condições de trabalho e formação
continuada (Títulos).
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
A
Secretaria está vinculada à Direção da Escola e compreende os cargos que se
destinam a desempenhar e auxiliar nas atividades de cunho administrativo no
Estabelecimento de Ensino.
O
Serviço da secretaria ficará sob a responsabilidade do Secretário Escolar e
Assistente Administrativo.
Compete
ao Secretário Escolar:
I. coordenação
dos trabalhos desenvolvidos na secretaria da Escola;
II. estabelecer
as normas operacionais de seu setor, definindo as responsabilidades funcionais
e submetendo-as à aprovação da direção;
III. organizar,
superintender e distribuir entre seus auxiliares serviços de protocolo,
escrituração, mecanografia, arquivo e estatística escolar;
IV. cumprir
e fazer cumprir as determinações legais e as ordens do Diretor ou de quem o
substitua;
V. manter
sob sua guarda ou responsabilidade o arquivo e o material de secretaria,
evitando o manuseio por pessoas estranhas ao setor, bem como a retirada do
âmbito do Estabelecimento;
VI. elaborar
relatórios e instruir processos exigidos por outros órgãos da Administração
Pública;
VII. manter
e fazer manter atualizada a escrituração de livros, fichas e documentos
relativos à vida da Instituição, dos professores e à vida escolar dos alunos,
bem como zelar pela conservação e organização do arquivo inativo;
VIII. redigir
e fazer expedir toda a correspondência, submetendo-a a assinatura do diretor;
IX.
receber o Supervisor e Orientador
Educacional articulando-se com os mesmos, visando fornecer todos os resultados
escolares dos alunos, referentes às programações regulares e especiais, dentro
do prazo previsto;
X.
manter atualizada e ordenada toda
legislação de ensino em vigor;
XI.
assinar, juntamente com o Diretor, os
documentos de vida escolar;
XII. lavrar
e subscrever todas as atas;
XIII. evitar
o manuseio, por pessoas estranhas ao serviço, bem como a retirada do âmbito do
Estabelecimento, de pastas, livros, diários de classe e registros de qualquer
natureza, salvo quando oficialmente requeridos por órgão autorizado;
XIV. rubricar
todas as páginas dos livros da Secretaria;
XV. promover
incineração de documentos, de acordo com a legislação vigente;
XVI. manter
atualizados os dados estatísticos necessários à pesquisa educacional;
XVII. atender
com presteza e encaminhar adequadamente, as pessoas que se dirigirem ao
Estabelecimento;
XVIII. participar
das reuniões promovidas pela Escola e Secretaria Municipal de Educação;
XIX. trabalhar
em regime de cooperação e estabelecer prioridades de acordo com a coordenação
da Direção;
XX. executar
outras atribuições afins.
Compete
ao Assistente Administrativo:
I.
redigir expedientes sumários,
correspondências, pareceres, documentos legais e outros significativos para o
órgão;
II.
atender ao público interno e externo,
pessoalmente ou por telefone, prestando informações, anotando recados,
recebendo correspondências e efetuando encaminhamentos;
III.
receber, classificar, conferir, registrar
e arquivar processos, leis, publicações, atos normativos e documentos diversos
de interesse da Unidade, segundo normas preestabelecidas;
IV.
redigir e fazer expedir toda a
correspondência, submetendo-a a assinatura do Diretor;
V.
lavrar ata, ofícios, exposições de motivos
e outros expedientes, quando solicitado pela Direção;
VI.
operar microcomputador, digitando
documentos diversos, utilizando programas básicos e aplicativos, para incluir,
alterar e obter dados e informações, bem como consultar registros;
VII. receber
e distribuir material solicitado pela Unidade em que serve, guardando-o em
perfeita ordem, e verificar a diminuição do estoque, solicitando providências
para sua reposição;
VIII. realizar,
sob orientação específica, coleta de preços e concorrências públicas e
administrativas para aquisição de material;
IX.
receber o material dos fornecedores e
conferir as especificações dos materiais mais complexos, inclusive de qualidade
e quantidade, com os documentos de entrega;
X.
controlar registro de frequência do
pessoal, preparar folhas de pagamento, registro de férias;
XI.
fazer inscrições para cursos de
treinamento e outros, seguindo instruções impressas, conferindo a documentação
recebida e transmitindo instruções;
XII. agendar
entrevistas e reuniões;
XIII. assistir
a reuniões, quando solicitado, e elaborar ou colaborar na elaboração de
relatórios parciais e anuais, gráficos, mapas e quadros demonstrativos das
atividades atendendo às exigências ou às normas da unidade;
XIV. zelar
pelos equipamentos sob sua guarda, comunicando à chefia imediata a necessidade
de consertos e reparos;
XV. cumprir
e fazer cumprir as determinações legais e as ordens do Diretor ou de quem o
substitua;
XVI. participar
das reuniões promovidas pela Escola e Secretaria Municipal de Educação;
XVII.trabalhar
em regime de cooperação e estabelecer prioridades de acordo com a coordenação
da Direção;
XVIII. executar
outras atribuições afins.
Os
atos escolares para efeitos de registro, comunicação de resultados e
arquivamento são escriturados em livros e fichas padronizados, observando-se,
no que couberem, os regulamentos e disposições legais aplicáveis, podendo ainda
ser usados os recursos da informática ou similares.
A
escrituração escolar e o arquivo são organizados de modo a permitir a
verificação de documentos referentes às atividades técnico-pedagógicas, de
ensino e administrativas do Estabelecimento.
Resguardadas
as características e a autenticidade, em qualquer época, pode o Estabelecimento
substituir os livros, fichas e modelos de registro e escrituração descritos
neste Regimento, por outros, bem como alterar os processos utilizados,
simplificando-os e racionalizando-os.
São
válidas as cópias mecânicas de documentos escolares, devidamente autenticadas.
Ao
Diretor Escolar e ao Secretário cabe a responsabilidade por toda a escrituração
e expedição de documentos escolares, bem como lhes dar a autenticidade pela
aposição de suas assinaturas.
Todos
os funcionários são responsáveis pela guarda e inviolabilidade dos arquivos,
dos documentos e da escrituração escolar.
O
Setor de Escrituração e Arquivo adotará os seguintes documentos de registro:
I.
Livro de Registro de Matrícula;
II.
Pasta dos alunos, contendo Ficha de
Matrícula, Ficha Individual, avaliações de Classificação ou Reclassificação,
fotocópia da Certidão de Registro Civil ou Carteira de Identidade, Título de Eleitor
acompanhado do comprovante de votação, quando for o caso, Histórico Escolar,
Cartão de Vacinas atualizado e comprovante de dispensa em Educação Física;
III. Livro
de Registro de Atas de Resultados Finais;
IV. Livro
de Registro de Atas e Resultados de Exames especiais de Classificação e
Reclassificação, Estudos Suplementares e avanço de estudos;
V. Ponto
eletrônico, mecânico ou livro de ponto;
VI. Diário
de Classe e de Secretaria;
VII. Pasta
Individual de cada funcionário;
VIII. Caderneta
Escolar, Boletim ou outro;
IX. Livro
de Transferências Expedidas;
X. Livro
de Atas de Conselho de Classe, do Conselho Escolar e Caixa Escolar;
XI. Livro
de Termo de Visitas;
XII. Relatório
de Notas e Faltas;
XIII. Livro
de Atas de Reuniões;
XIV. Livro
de procedimentos disciplinares.
Os atos escolares da Educação Especial/Atendimento
Educacional Especializado para efeitos de registro, comunicação de avaliações,
planejamentos de intervenções e arquivamento serão escriturados em
instrumentais padronizados, observando-se, no que couberem, os regulamentos e
disposições legais aplicáveis.
Para escrituração dos alunos inseridos na Educação
Especial/Atendimento Educacional Especializado serão exigidos os seguintes
documentos de registro:
I - Pasta dos alunos:
a) Ficha de Matrícula de atendimento especializado;
b) Avaliação pedagógica;
c) Diagnóstico multidisciplinar (laudos, pareceres)
quando apresentados;
d) Relatório circunstanciado;
e) Avaliações de Classificação ou Reclassificação - altas
habilidades;
f) Anamnese – entrevista inicial;
g) Plano de Desenvolvimento Individual do Aluno - P. D.
I. “Plano de
Intervenção do
Aluno”;
h) Termo de Compromisso dos Pais;
i) Horário de atendimento do aluno;
j) Certificado de Terminalidade (após serem seguidas
todas as etapas da mesma).
II - Livro de Registro de Atas e Resultados de Exames de
Classificação, Reclassificação e Avanço de Estudo para superdotados.
III - Diário de turma para a Educação Especial - “Sala de
Atendimento Educacional Especializado”;
IV - Pasta Individual de cada funcionário que atua na
Educação Especial/ Atendimento Educacional Especializado na escola;
a) formulário situação funcional;
b) xerox dos documentos pessoais;
c) formação acadêmica;
d) especialização;
e) cursos de atualização na área de Educação
Especial/Atendimento Educacional Especializado;
V - Livro de Atas de reuniões da Educação
Especial/Atendimento Educacional Especializado;
VI – Livro de Matrícula dos alunos da Educação Especial/Atendimento
Educacional Especializado.
|
3.3.4. GESTAO DE RECURSOS E ADMINISTRATIVO DA ESCOLA
CAIXA
ESCOLAR
A
Caixa Escolar é regida por estatuto próprio e é responsável pela administração
dos recursos financeiros transferidas pela Prefeitura Municipal e FNDE (FUNDEB)
e ou oriundos de arrecadação própria.
A
aplicação dos recursos é de acordo com o plano de ação, as prioridades são
definidas coletivamente junto ao Conselho Escolar e a prestação de contas é
feita conforme as determinações legais.
MERENDA
ESCOLAR
A
Escola dispõe de espaço adequado para a guarda, preparo e distribuição da
merenda conforme as exigências da Vigilância Sanitária.
Os
gêneros alimentícios são encaminhados pelo Programa Municipal de Alimentação
Escolar e o cardápio elaborado por nutricionistas.
Os
Auxiliares de Serviços Gerais recebem capacitações frequentes e o trabalho
desenvolvido por eles é acompanhado pela direção, PMAE e CAE (Conselho de
Alimentação Escolar).
A BIBLIOTECA
A
Biblioteca é um dos instrumentos de formação de hábitos de leitura,
criatividade e lazer para o pleno desenvolvimento do aluno.
A
professora da biblioteca deverá garantir, em conjunto com a Equipe Escolar, que
a biblioteca seja utilizada por todos os alunos e professores, em todos os
turnos, como atividades integradas às desenvolvidas em sala de aula, inclusive
executar e organizar o projeto Cantinho da Leitura.
A
biblioteca terá por finalidade auxiliar no desenvolvimento do currículo, dos
programas específicos e das atividades escolares em geral, constituindo um
espaço de informação, leitura e pesquisa para comunidade escolar.
A
biblioteca será constituída com recursos fornecidos pela Secretaria Municipal
de Educação, projetos, convênios e doações de terceiros.
A
organização e o funcionamento da biblioteca estarão sujeitos às normas legais
vigentes e às necessidades da Escola.
A biblioteca da Escola deverá funcionar em
todos os horários de aulas regulares, em atendimento constante a comunidade
escolar.
O
funcionamento e organização da biblioteca
terá um responsável definido em fluxograma pela terá um responsável
definido terá um responsável definido em fluxograma pela Secretaria Municipal
de Educação juntamente com a direção da escola.
Compete
ao responsável pela biblioteca:
I.
Selecionar, classificar, catalogar e registrar
livros, periódicos, teses e outras produções bibliográficas;
II. Incentivar
a consulta e orientar a pesquisa;
III. Proporcionar
ambiente para formação de hábitos e gosto pela leitura;
IV. Zelar
pelo uso adequado de todo material da biblioteca mantendo-o em condições de
utilização permanente.
V. Organizar,
controlar o empréstimo e devolução de todo material;
VI. Promover
a formação de alunos leitores-usuários de biblioteca juntamente com os
professores;
VII.Organizar
e orientar o uso da midiateca bem como manusear os aparelhos eletroeletrônicos nela
existentes;
VIII.
Atender aos usuários, prestando
informações, consultando fichários, indicando estantes, localizando o material
desejado fazendo reservas ou empréstimos;
IX. Desenvolver
atividades culturais e outras atribuições afins.
REDE
FÍSICA, MOBILIÁRIA E EQUIPAMENTOS.
O prédio onde funciona a escola foi construído
especificamente para fins educacionais, tendo uma estrutura física adequada
para receber a comunidade escolar.
A construção é recente, haja vista que a mesma
iniciou suas atividades no Mês de setembro de 2012.
Suas dependências são arejadas, bem iluminadas e
contam com material necessário para seu funcionamento.
ACESSIBILIDADE
As
dependências da Escola são adequadas aos deficientes físicos permitindo a total
acessibilidade dos mesmos.
3.3.5. GESTÃO DEMOCRÁTICA
A
gestão democrática, se efetiva com a consciência pedagógica sobre o
administrativo, demonstrada pela participação dos integrantes da escola bem
como a da comunidade visando a divisão de responsabilidades através do
exercício da cidadania.
Desenvolver
uma cultura de participação e comprometimento supõe um redimensionamento dos
papéis tradicionalmente executados e a utilização efetiva de órgãos colegiados
existentes na escola. Do ponto de vista da direção espera-se o exercício
efetivo da liderança enquanto elemento integrador e catalisador dos esforços do
grupo.
Conferir
à escola maior poder de decisão é sem dúvida, livrá – la das amarras que
constituem entraves à realização dos seus projetos, porém, isso implica aumento
de responsabilidades para seus membros, sobretudo para o diretor. Espera-se
dele um trabalho de articulação tanto em nível interno, com seus pares, como
com a comunidade de pais e representantes legais da comunidade ou ainda com as
lideranças locais, a fim de obter o apoio necessário para a execução dos
projetos assumidos pela comunidade escolar. Sendo assim, a gestão da escola
deve ser entendida como um processo que rege o seu funcionamento, compreendendo
a tomada de decisões, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação referentes
às políticas educacionais no âmbito da unidade escolar, com base na legislação
em vigor. As relações com a comunidade escolar dimensionam os aparelhos de
gestão participativa (eleição de diretor, Conselho Escolar, Conselho de Classe,
dentre outros).
A
autonomia é uma condição construída por vários integrantes da comunidade escolar,
não é algo que já exista no interior da escola. O quadro abaixo segundo Luck (2006c)
demonstra os princípios orientadores de práticas de autonomia em gestão escolar
democrático-participativa.
Comprometimento
|
Atitude de sentir-se responsável
pela educação como um todo, não apenas pelo resultado, pelas funções e pelos
horários.
|
Competência
|
Continuo aperfeiçoamento da
capacidade profissional e pessoal.
|
Liderança
|
Iniciativa que busca contribuir
para o bem-estar geral, propondo sugestões, orientações e atuando em
conjunto.
|
Mobilização coletiva
|
Movimento que integra as ações, mesmo
as individuais, numa perspectiva coletiva. A ação é compartilhada e não
isolada.
|
Transparência
|
Para que todos os membros escolares
apoiem determinadas ações, estas devem ser divulgadas, desde o modo de agir, das
ideias que sustentam as ações e os resultados pretendidos. Essa abertura e
divulgação expressam transparência de atitudes e resultados.
|
Visão estratégica
|
O encaminhamento de ações para o
desenvolvimento institucional e dos processos educacionais da escola
compreende a realidade que abrange a escola, percebendo-a no contexto
histórico e sua inserção no futuro.
|
Visão proativa
|
Capacidade própria de enfrentar
desafios, assumir responsabilidades e criativamente desenvolve-las, sem
procurar culpados, mas contribuindo para que os próximos encaminhamentos
sejam mais benéficos para toda instituição.
|
Iniciativa
|
Capacidade de buscar e envolver-se
em soluções diante das dificuldades observadas, não transferindo sua
responsabilidade no processo para outros.
|
Criatividade
|
Implica um olhar diferente e novo
da realidade à sua volta, buscando novas alternativas de trabalho.
|
CONSELHO ESCOLAR
O
conselho escolar é um espaço de gestão democrática e participativa nas
instituições de ensino. Ele se constitui numa estrutura de gestão escolar
colegiada.
“Um
órgão de gestão colegiado escolar constitui-se em um mecanismo de gestão de
escola que tem por objetivo auxiliar na tomada de decisão em todas as suas
áreas de atuação” (Luck, 2006b, p.66). Ou seja, o conselho escolar se
caracteriza como um órgão, composto por professores, serviços gerais,
merendeiras, secretários, pais de alunos, pedagogos e diretores, conforme sua
previsão em estatuto, e tem o intuito de auxiliar nos processos decisórios das
escolas.
Esse
conselho é o órgão máximo de decisão no espaço escolar. O diretor, por exemplo,
faz parte dele, não está numa posição superior.
“O
conselho da escola tem atribuições consultivas, deliberativas e ficais, em
questões definidas na legislação estadual ou municipal e no Regimento Escolar.
Essas questões, geralmente, envolvem aspectos pedagógicos, administrativos e
financeiros. Em vários estados o Conselho é eleito no início do ano letivo. Sua
composição tem uma certa proporcionalidade de participação dos docentes, dos
especialistas em educação, dos funcionários, dos pais e alunos” (Libâneo, 2004,
p. 128).
O
conselho escolar tem por finalidade acompanhamento, diagnóstico e tomado de
decisão nos aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da escola.
Caracteriza-se de maneira diferente em cada instituição de ensino, de acordo
com o PPP, regimento interno, estatuto do conselho escolar e as próprias
especificidades e peculiaridades de cada comunidade escolar.
No
entanto, sua razão deve ser a mesma: a de produzir o debate, encaminhar as
decisões e definir o rumo da escola, de forma coletiva e participativa.
CONSELHO DE CLASSE
O
conselho de classe também é um órgão colegiado de gestão. Porém, aborda com
maior ênfase o processo-aprendizagem e conta com a representatividade de várias
instâncias da escola.
A
intenção do conselho de classe é discutir a vida escolar de cada aluno,
identificando também situações de metodologia de trabalho e atuação do
professor, com fins de encaminhar ações que busquem melhor atender às
necessidades específicas de cada aluno, cada turma ou e cada professor.
“O
Conselho de Classe tem a responsabilidade de formular propostas referentes à
ação educativa e didática, facilitar e ampliar relações mútuas entre
professores, pais e alunos e incentivar projetos de investigação”
(Libâneo, 2004, p.302). Por isso é necessária a participação de todos os
agentes escolares no conselho escolar, a fim de encaminhar as ações de maneira
consensual e conjunta, a partir de um projeto pedagógico, definido por todos os
envolvidos.
É
competente para formular propostas para a coordenação pedagógico-didática,
atividades de integração e iniciativas de apoio, e verificar periodicamente o
andamento geral dessas atividades, os ajustes necessários (LIBÂNEO, 2004,
p.302).
O
conselho de classe também tem por objetivo, dentro da organização escolar,
construir a integração e o apoio entre os membros da equipe e acompanhar se os
encaminhamentos estão dando certo, corrigindo o rumo quando necessário.
Normalmente,
o conselho de classe acontece uma vez a cada bimestre. Algumas escolas realizam
uma vez ao mês, outras semestralmente. Cada instituição de ensino, com base em
seu PPP, pode definir a necessidade e a periodicidade da realização desse
conselho.
Para
Libâneo (2004), resumidamente os objetivos do conselho de classe são:
· Diagnosticar
os problemas e dificuldades da escola;
· Coletar
informações sobre o rendimento do aluno, facilitando, assim, o encaminhamento
das ações;
· Buscar
soluções para as situações, de maneira criativa e alternativa;
· Elaborar
programas ou projetos de recuperação e apoio a alunos específicos;
· Retomar
o plano de ensino e corrigir rumos quando necessário;
· Identificar,
por meio de registro de acompanhamento, os avanços ou não na vida escolar dos
alunos.
O
conselho de classe, encaminhado da maneira correta, com participação de todos,
com no mínimo a realização uma vez por bimestre, com registros e
acompanhamento, torna-se um dos espaços mais ricos de discussão e
encaminhamentos da essência pedagógica escolar, do processo ensino-aprendizagem
e da atuação docente.
CONSTRUÇÃO DO REGIMENTO (Normas)
O
Regimento Escolar é o documento (lei) maior da Escola que dá suporte ao
funcionamento da mesma com qualidade e segurança.
Nele
incorporam-se, quando necessário, dispositivos e disposições de leis e
instruções ou normas de ensino, emanadas de órgãos ou poderes competentes.
É
alterado sempre que as conveniências didático-pedagógicas ou administrativas
indicarem sua necessidade, submetendo-se as alterações aos órgãos competentes.
O
Regimento Escolar desta unidade de ensino deve assegurar a execução do Projeto
Político Pedagógico. E constam todas as atribuições administrativas e
pedagógicas com objetivos e finalidades para atender os princípios básicos da
educação.
4. CRONOGRAMA DE AÇÕES
Dimensões
|
Estratégia e ações de curto prazo
|
Estratégia e ações de médio prazo
|
Estratégia e ações de longo prazo
|
Articulação da escola com seu
entorno e território (comunidade local, associações, igrejas, ONGs, etc.).
|
·Abertura
da Escola para a Comunidade;
·Fortalecer
relação Escola x Comunidade;
·Reuniões
periódicas de pais e mestres;
·Propor
eventos (almoços solidários, seminários, oficinas envolvendo a comunidade)
|
· Orientar a família sobre atitudes que
melhorem o
rendimento escolar do aluno;
· Manter um canal aberto de
comunicação.
|
· Construir
uma relação de cumplicidade e respeito entre a escola e comunidade;
· Palestra para pais com o tema: “O
papel da família na escola”;
· Aprendizagem do aluno.
|
P.P.P. da
Escola: elaboração e implementação com a participação dos professores,
servidores, alunos, pais, comunidade
local.
|
· Implementar
um PPP efetivo com a participação de todos os membros envolvidos no funcionamento
da escola;
· Buscar
estratégias para efetivar o PPP
· Proporcionar
Formação continuada dentro das Propostas do PPP, para que os profissionais se
abequem ao perfil proposto no PPP; (Concepção de sociedade de homem, de
educação cultura, conhecimento, cidadania, competência, democracia e ensino
aprendizagem).
|
· Conhecer
a realidade em que vivem os alunos da escola, a sua história de vida e os
seus sonhos para o futuro e refletir sobre eles;
· Buscar
alternativas que possam abranger todos os alunos nesta elaboração,
observar, dialogar e entender a importância da escola para a vida deles.
|
· Transformar
ideias em ações
· Garantir
a permanente reelaboração do PPP, para o mesmo acompanhar as mudanças de
paradigmas da educação
|
Funcionamento do Conselho
Escolar.
|
·
Oficina para
apresentação e estudo das leis que embasam o conselho escolar;
· Estabelecer um ponto de partida para ações que
mobilizem a comunidade escolar e local para trilhar um caminho em busca da
melhoria contínua do processo educativo escolar;
· Fortalecer
o Conselho Escolar para maior autonomia da unidade.
|
· Apresentação
do Projeto P.P.P. e o Plano de Ação aos membros do Conselho Escolar;
· Estudo,
análise e reflexão (capacitação) do papel do Conselho de Escolar.
|
· Descentralizar os deveres e ações relativos à
gestão escolar para fortalecer a própria escola e reforçar a ligação
família-escola e escola comunidade;
· Tornar o Conselho escolar atuante capaz de
expressar comprometimento, iniciativa e efetiva colaboração na construção, no
desenvolvimento, na avaliação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico.
|
Articulação da escola com as
Famílias.
|
· Reconhecer
as diversas formas de organização familiar e as relações que se estabelecem
entre os sujeitos;
·
Mobilizar as famílias para a participação em
encontros realizados pela escola,
de acordo com a lei 11.932/14 (Valorização da família)
|
· A
participação da família nas ações da escola,
· Reconhecendo
a importância de seu envolvimento para o sucesso escolar do filho/aluno;
Realização de Encontro Anual da Família;
· Presente
na Educação, envolvendo pais e responsáveis.
|
·
Fortalecimento do
Relacionamento entre Pais e Filhos;
·
Promover o convívio entre pais (ou
responsáveis) e filhos;
·
Resgatar o diálogo geracional;
·
Orientar o processo educativo e permite a
troca de experiências.
|
Respeito aos direitos humanos e à
diversidade étnica, racial, sexual, gênero etc.
|
· Mobilizar
um grupo de alunos para criação de blog que discuta estas questões dentro do
mundo global
· Organizar palestras e trabalhos que abordem
as diferenças tanto para os profissionais como para a comunidade.
· Trabalhar constantemente a capacidade de se
preocupar, aceitar e compreender o outro.
|
· Desenvolver projetos e convidar grupos e
organizações para fazer trabalhos e apresentações na escola
|
·
Elaborar
materiais didáticos para serem trabalhados com os profissionais, alunos e com
a comunidade.
|
Desenvolvimento de projetos de
ação pedagógica na escola.
|
· Organizar projetos como cinema na escola com
a exposição de filmes e documentários educativos, contemplando os aspectos
sociais, políticos, culturais e humanos, voltados a questões inerentes a
vivência da comunidade local.
· Trabalhar projetos sobre o Aedes aegyptit
· Organizar momentos de leitura
· Projeto saúde Mental(despertar da
sexualidade na adolecencia)
|
· Oferecer oficinas de artes, músicas e dança
para alunos, profissionais e comunidade, para uni-los em atividades
prazerosas de ocupação proveitosa do tempo, espaço e capacidade individual.
· Promover semanalmente atividades sobre o
combate ao mosquito Aedes aegyptit.
·
|
·
Unir
pais ealunos em objetivos comuns, participando de projetos organizados pela
escola, com parcerias de profissionais voluntários.
|
Enfrentamento do preconceito na
escola (racismo, homofobia, etc.).
|
· Propiciar junto à comunidade escolar momentos
de estudo sobre as leis 10.639/03 e11.645/08 que estabelece a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas escolas e sua
aplicabilidade resgatando
as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à
história do Brasil.
· Elaborar aulas que abordem modelos de
comportamento heterogêneos que não massacrem as identidades locais;
· Desenvolver junto com a comunidade
estratégias para a superação de todas as formas exclusão social
de discriminação,
preconceitos.
|
· Trabalhar de maneira continua e não isolada
a temática em questão.
· Conhecer
e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e
espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles;
· Dinamizar
projetos como a capoeira
· Valorizar
o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um
direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da
democracia
|
·
Trazer
para a escola grupos diversos (congos capoeira, hip hop etc.) para fazer
apresentações e trabalhos voluntários com os alunos.
·
Manter diálogos constante com a comunidade,
dentro e fora da escola para que o preconceito, racismo e qualquer tipo de
exclusão social seja disseminado.
|
Enfrentamento da violência no
contexto escolar (bullimg, gangues, brigas).
|
· Reduzir
e/ou coibir as diferentes manifestações de violência do cotidiano escolar.
· Palestras
sobre o tema,
|
· Palestras
expositivas, demonstrando os impactos da violência no ambiente escolar.
·
|
·
Reuniões periódicas com os alunos
para discutir outras formas de resolver as diferenças de opinião sem usar da
violência.
|
Formação continuada no cotidiano
escolar.
|
· Estimular
todos os profissionais da educação à qualificação e ao aperfeiçoamento
profissional, oferecendo condições e incentivo para participarem de cursos,
seminários, encontros, palestras, entre outros;
· Estabelecer a participação dos professores
na escolha dos conteúdos nas reuniões semanais da coordenação pedagógica.
|
· Incluir na capacitação docente temas Como:
relacionamento com alunos, indisciplina, drogas e sexualidade.
|
·
Possibilitar
e garantir uma
maior participação dos docentes nas reuniões pedagógicas
|
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
avaliação deste projeto será contínua, através da participação da comunidade
escolar e por meio da análise dos resultados alcançados a partir das ações
propostas.
A
Escola Municipal Professora Carlota, está no caminho para se tornar uma escola
ideal, democrática, participativa, trabalhando de maneira a proporcionar uma
aprendizagem significativa e prazerosa aos alunos, através de um trabalho
norteado por posicionamentos autônomos e críticos de todos os profissionais
da escola, incluindo os estudantes como agentes ativos no processo ensino
aprendizagem Neste contexto faz-se
prioridade o planejar e avaliar, contando sempre com o apoio da coordenação,
professores, alunos e direção para realização e divulgação dos mesmos. Como
salientou Freire “[...] aprender é uma aventura criadora, (...) é construir,
reconstruir, constatar para mudar [...]”.
Em
consonância com Santos “... participação: uma base afetiva, onde se participa
por sentir prazer na realização de coisas, numa interação com os outros, e uma
base instrumental, visto que fazer coisas em interação com os outros é muito
mais eficiente e eficaz que fazê-las sozinho”.
Com
essa perspectiva, a Rede pelo Direito de Ensinar e Aprender, Lei11.444/2013 vem
complementar a ação da escola, trazendo consigo os seguintes indicadores:
·
Garantir o direito aos educandos de uma
educação pública democrática e qualificada socialmente.
·
Articulação do currículo escolar com as
produções culturais com os grupos de convivência dos estudantes.
·
Oportunidades de participação da família
dos alunos na escola
·
Participação dos estudantes e
profissionais da educação em atividades vinculadas ao exercício da cidadania
ativa.
·
Oferta de situações que favoreçam a investigação, a
produção e a socialização de conhecimentos.
·
Redução da taxa de violência na escola.
·
Oferta de situações que contribuam para
aprendizagens do uso das diferentes linguagens e a leitura crítica do texto e
do mundo.
·
Oferta de situações que contribuam para o
desenvolvimento da autonomia intelectual dos (as) estudantes.
·
Participação da comunidade escolar na elaboração,
implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico.
·
Capacidade da unidade escolar em participar de redes
de instituições, com vistas à colaboração para efetivar condições de ensinar e
de aprender.
·
Índice de participação de profissionais em
atividades de formação permanente.
·
Existência de trabalho coletivo e interdisciplinar
na escola.
·
Gestão escolar democrática.
·
Taxas de repetência, evasão, reprovação e
aprovação.
·
Quantidade de conteúdos ensinados e assimilados pelos
(as) estudantes.
·
Estrutura física da escola: manutenção, reparos e
construção.
·
Existência de estratégias de intervenção pedagógica,
vinculadas à superação da evasão, repetência e reprovação.
·
Taxa de participação dos (as) estudantes em atividades
vinculadas ao exercício da cidadania ativa.
Sendo
assim, este documento não está pronto e acabado, é sujeito a reformulações,
reavaliações, uma vez que nossa realidade está em constante transformação dia
após dia.
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VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6º ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
[1] A escola interativa apresenta
algumas qualidades: é “falante”, propícia ao raciocínio hipotético, aberta à
negociação, habilidosa na realização de trabalhos com objetivos partilha dos
por todos os envolvidos, disciplinada quanto ao cumprimento dos objetivos de
trabalho combinados, organizada, aberta à comunidade. Assim como, reorganiza os
tempos/espaços de aprender, potencializa os meios, diversifica redes de
aprendizagem incluindo a comunidade, realiza intervenções coletivas na escola.
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